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Economia
Sábado - 27 de Agosto de 2011 às 01:28
Por: Laís Costa Marques

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Variação entre o preço da carne no comércio e o preço pago pela arroba do boi tem diferença de até 50 pontos percentuais entre os anos de 2005 e 2011. Para o consumidor, a carne ficou 125,3% mais cara no período, enquanto o preço da arroba dilatou 76,5%. Na indústria, o aumento foi de 85,1% nos últimos 6 anos.

Distância entre o reajuste no campo e no varejo se intensificou a partir de 2008. Neste ano, os preços da carne para o consumidor alcançou 100% de alta em comparação com 2005 e o valor da arroba um incremento de aproximadamente 40%. Segundo dados da Associação do Produtores Rurais (APR), entre agosto do ano passado e agosto de 2011, o quilo do filé ficou 38% mais caro, a picanha 36% e o coxão dura até 35%.

De acordo com o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, a diferença entre as variações é muito grande e é preciso encontrar um equilíbrio para que o consumidor não pague a mais por um produto que não registrou alta semelhante na produção. Segundo ele, o caminho não está no aumento do preço da arroba nas mesmas proporções do varejo, mas de contenção nos reajustes ao consumidor final.

Para o presidente da Associação dos Supermercadistas de Mato Grosso (Asmat), Kássio Catena, a questão não direta, como parece. Ele explica que o boi, apesar de ser o principal compositor de preço, não é o único, visto que além dele, o comércio tem outros custos, como frete, energia, custo operacional e as perdas de produto decorrentes dos cortes. “Supermercado não aumentou sua margem de lucro sobre a carne, mas os demais custos também sofrem reajustes e incidem sobre o valor do produto. Mão de obra, energia, frete, tudo também aumentou e tem impacto na composição de preço”.

Proprietário do açougue, Diego Mattozo acrescenta que um outro fator ganhou peso e custo na hora de cobrar, que foi a exigência do consumidor. “Os clientes exigem peças de qualidade, bem cortadas e isso também tem um valor. Quando fazemos um corte, podemos ter até 20% de perda no peso, e querendo ou não também pagamos por aquilo e temos que compensar”.

Arroba em queda Nos últimos 15 dias, o valor da arroba tem apresentado redução de até 6% em Mato Grosso. Este movimento do mercado não é característico do momento e o setor produtivo acusa a concentração de empresas na indústria frigorífica como culpada pela retração. Para Luciano Vacari, grandes grupos estão ‘forçando’ o preço para baixo, o que é comprovado pela queda na escala de abate. “Se o problema estivesse no aumento de oferta, seria normal a redução. Mas a escala caiu e estamos em plena entressafra”. O Sindicato dos Frigoríficos foi procurado, mas houve retorno.





Fonte: Do GD

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