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Polícia Brasil
Sexta - 26 de Agosto de 2011 às 23:16
Por: José Guilherme Camargo

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A diretora de uma escola de Contagem (MG) que foi filmada sendo agredida por um aluno, na tarde desta quinta-feira, disse que foi ameaçada e informou que vai pedir a transferência do adolescente. Uma das professoras da escola municipal Maria Silva Lucas, no bairro Novo Progresso, gravou a agressão com a câmera de um celular. O vídeo, que foi divulgado na internet, mostra o momento em que o jovem, de 15 anos, sai da sala de aula e aplica um chute violento na diretora.

A vítima, que preferiu não ser identificada, disse que o garoto estaria desrespeitando colegas dentro da sala de aula, quando ela decidiu intervir. "Ele levantou e disse à pedagoga que não me escutaria, eu disse que ele me escutaria sim. Então ele me empurrou. Eu falei que ia chamar o responsável e a patrulha escolar", disse.

Quando se dirigia até a direção, ela lembrou que ouviu ameaças do aluno: "ele veio atrás de mim, dizendo "vou buscar uma arma e vou te matar vagabunda". Foi então, que eu entrei na sala, senti um chute na minha perna e cai", afirmou. Depois da agressão, o jovem fugiu da escola.

Segundo a diretora, o adolescente tem um histórico de agressões e problemas no local. Ele já teria sido suspenso outras vezes. "Ele tem passagem pela Delegacia de Menores, por se envolver em uma briga com contato físico com um colega dentro do colégio. Ele não quer escola. A partir de hoje, vou pedir a transferência dele", afirmou.

As brigas dentro do colégio são frequentes, segundo alguns pais de alunos. A dona de casa Elenice de Souza Pereira, que tem dois filhos matriculados na escola, disse que esta não é a primeira vez que isso acontece. "Já colocaram fogo na escola, vieram roubar. Não consigo ficar sossegada em casa, tenho medo", disse.

O agressor está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar. A Secretaria Municipal de Educação lamentou o ocorrido e esclareceu que o incidente na escola é um fato isolado, já que a maioria dos estudantes participa de projetos educativos que acontecem na escola. A secretaria informou ainda que haverá uma reunião na próxima segunda-feira com os professores e a comunidade para discutir a questão da segurança na escola.

Apesar do sentimento de insegurança, a diretora afirma que vai continuar no cargo. Segundo ela, existe a falta de limite de um grupo de alunos, "mas tem motivos para acreditar que estão fazendo um bom trabalho". "Isso que aconteceu causa uma descrença, porque quando fazemos o nosso melhor, não esperamos que isso possa acontecer. São pessoas de famílias desestruturadas. Eles não têm limites. Não vou deixar de trabalhar", disse.





Fonte: Terra

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