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Nacional
Sexta - 26 de Agosto de 2011 às 17:58
Por: Vanity Fair

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Moradores informaram aos ‘caveiras’ onde traficantes matavam e enterravam vítimas
Moradores informaram aos ‘caveiras’ onde traficantes matavam e enterravam vítimas

Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) encontraram ontem, com apoio de cães farejadores, um cemitério clandestino no alto do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio.
A favela foi ocupada na semana passada para a implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). No local, próximo ao Cruzeiro, de difícil acesso e tomado pelo mato, havia ossos, dois crânios, cápsulas de fuzil, restos de pneus e indícios de queimada no chão. Segundo os policiais, desafetos e suspeitos de serem informantes eram executados e queimados no ‘micro-ondas".

Os policiais chegaram ao local graças a informações dos próprios moradores da favela. Segundo alguns deles, as chamas do ‘micro-ondas" podiam ser vistas nas favelas vizinhas e em pontos da Tijuca e do Engenho Novo. "Eles queriam mostrar seu poder e a crueldade com que tratavam inimigos. As vítimas eram trazidas vivas até aqui, por causa do difícil acesso entre as pedras, assassinadas e queimadas", disse um policial.

Os cães farejadores e policiais da Companhia de Cães passaram o dia no morro à procura de armas e drogas, mas nada foi encontrado. Há a informação de que os bandidos que controlavam o tráfico no Macacos teriam fugido com as armas antes da ocupação da PM, que começou na última quinta-feira.
Moradores de volta

O morro continua a receber de volta moradores que haviam sido expulsos ou fugido por causa dos tiroteios. Famílias inteiras, com móveis, malas e trouxas de roupas na cabeça são vistas desde domingo. "Nasci e me criei aqui, mas fui embora porque meu filho de 5 anos começou a ter problemas psicológicos por causa do barulho das granadas", contou um homem de 43 anos.
Perto das bandeiras

O cemitério do tráfico encontrado ontem fica próximo ao local em que, na tarde da última sexta-feira, o secretário de Segurança de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, e o comandante do Bope, tenente-coronel Paulo Henrique Azevedo, hastearam as bandeiras do Brasil e da tropa de elite da Polícia Militar, como forma de marcar a ocupação da favela.






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