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Amanhã completa 3 anos de morte de Pedro Henrique, que chegou ao hospital falando para fazer exame e morreu em UTI. Nem inquérito está finalizado
Família de criança morta há três anos aguarda respostas
GERALDO TAVARES/DC
Até hoje familiares não entendem causa da morte e acusam equipe de negligência e maus-tratos
Três anos depois, a família do pequeno Pedro Henrique Pereira dos Santos, que morreu quando tinha 1 anos e 8 meses, vítima de parada cardiorespiratória em decorrência de um exame teoricamente simples, quer saber a causa de tamanha demora na apuração do caso. O exame foi realizado no Hospital Otorrino, em Cuiabá.
Amanhã, lembrou o avô, Silvio dos Santos Silva, completam três anos da morte de seu neto e nem mesmo o inquérito policial chegou ao final.
Há pouco mais de um mês, quando esteve na Delegacia de Defesa de Criança e do Adolescente (Deddica) em busca de informações, Silva disse que lhe comunicaram que, para concluir o inquérito, faltava localizar e ouvir uma ex-funcionária do hospital que participou do procedimento médico.
Do Conselho Regional de Medicina (CRM), que também abriu processo para apurar a conduta de dois médicos, o otorrinolaringologista Anderson Botto e o anestesista José Pinheiro da Silva, a família não obteve qualquer posicionamento. Sequer sabe em que fase encontra-se a apuração. Também não sabe se a fonoaudióloga Elizete Martins Wisher, integrante da equipe, responde algum procedimento.
Para a mãe de Pedro Henrique, Maísa Pereira da Silva, e a avó, Maria de Fátima Pereira e Silva, que acompanhavam o exame, o menino foi vítima de negligência tanto na preparação para o procedimento como no socorro prestado depois que apresentou a parada cardíaca.
Pedro Henrique, que na manhã do dia 23 de agosto chegou ao hospital saudável, caminhando, para fazer um exame denominado audiometria bronco-cerebral, que avaliaria as causas do ronco apresentado durante o sono, foi declarado morto depois de passar quatro dias na UTI de um hospital particular.
Maísa Silva contou que estava ao lado do filho quando colocaram nele um inalador com o anestésico que permitiria a realização do exame. No exato momento em que o equipamento foi afixado no nariz dele, contou ela, Pedro Henrique se retorceu, ficou com o corpo torto e virou os olhos como se estivesse morrendo.
Maísa disse que ficou desesperada e foi ao encontro da mãe, dona Maria de Fátima. “Minha filha estava chorando, assistindo o filho morrer, e a fonoaudióloga, uma das responsáveis pelo exame, veio me pedir para fazê-la ficar quieta”, reclamou.
Maria de Fátima reclamou ainda que ela e a filha foram tratadas com certa agressividade porque o menino estava irritado, chorando bastante, e precisava estar dormindo para fazer a audiometria bronco-cerebral.
“No meu entendimento, os profissionais deveriam ter nos orientado a sair da sala, esperar que o menino se acalmasse, e só depois retornar com ele para o exame”, disse a avó. “Também deveria oferecer condições de socorro ou providenciar a transferência mais rápida, só que demoram mais de duas horas”, acusou.
A delegada titular da Deddica, Liliane Murato, informou ontem que o inquérito está na fase de produção do relatório final e deverá retornar ao Fórum no próximo mês. Murato explicou que a delegacia assumiu a apuração há pouco mais de um ano, depois de o inquérito passar por outras delegacias e ser enviado ao Fórum sem uma conclusão.
Na Deddica, observou, ouviram mais testemunhas, fizeram diligência e pediram complementação de laudos. A assessoria de imprensa do CRM promete para hoje informações sobre o andamento do processo.
Amanhã, lembrou o avô, Silvio dos Santos Silva, completam três anos da morte de seu neto e nem mesmo o inquérito policial chegou ao final.
Há pouco mais de um mês, quando esteve na Delegacia de Defesa de Criança e do Adolescente (Deddica) em busca de informações, Silva disse que lhe comunicaram que, para concluir o inquérito, faltava localizar e ouvir uma ex-funcionária do hospital que participou do procedimento médico.
Do Conselho Regional de Medicina (CRM), que também abriu processo para apurar a conduta de dois médicos, o otorrinolaringologista Anderson Botto e o anestesista José Pinheiro da Silva, a família não obteve qualquer posicionamento. Sequer sabe em que fase encontra-se a apuração. Também não sabe se a fonoaudióloga Elizete Martins Wisher, integrante da equipe, responde algum procedimento.
Para a mãe de Pedro Henrique, Maísa Pereira da Silva, e a avó, Maria de Fátima Pereira e Silva, que acompanhavam o exame, o menino foi vítima de negligência tanto na preparação para o procedimento como no socorro prestado depois que apresentou a parada cardíaca.
Pedro Henrique, que na manhã do dia 23 de agosto chegou ao hospital saudável, caminhando, para fazer um exame denominado audiometria bronco-cerebral, que avaliaria as causas do ronco apresentado durante o sono, foi declarado morto depois de passar quatro dias na UTI de um hospital particular.
Maísa Silva contou que estava ao lado do filho quando colocaram nele um inalador com o anestésico que permitiria a realização do exame. No exato momento em que o equipamento foi afixado no nariz dele, contou ela, Pedro Henrique se retorceu, ficou com o corpo torto e virou os olhos como se estivesse morrendo.
Maísa disse que ficou desesperada e foi ao encontro da mãe, dona Maria de Fátima. “Minha filha estava chorando, assistindo o filho morrer, e a fonoaudióloga, uma das responsáveis pelo exame, veio me pedir para fazê-la ficar quieta”, reclamou.
Maria de Fátima reclamou ainda que ela e a filha foram tratadas com certa agressividade porque o menino estava irritado, chorando bastante, e precisava estar dormindo para fazer a audiometria bronco-cerebral.
“No meu entendimento, os profissionais deveriam ter nos orientado a sair da sala, esperar que o menino se acalmasse, e só depois retornar com ele para o exame”, disse a avó. “Também deveria oferecer condições de socorro ou providenciar a transferência mais rápida, só que demoram mais de duas horas”, acusou.
A delegada titular da Deddica, Liliane Murato, informou ontem que o inquérito está na fase de produção do relatório final e deverá retornar ao Fórum no próximo mês. Murato explicou que a delegacia assumiu a apuração há pouco mais de um ano, depois de o inquérito passar por outras delegacias e ser enviado ao Fórum sem uma conclusão.
Na Deddica, observou, ouviram mais testemunhas, fizeram diligência e pediram complementação de laudos. A assessoria de imprensa do CRM promete para hoje informações sobre o andamento do processo.
Fonte:
Do DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/78381/visualizar/
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