Ato público ocorre no dia 12 de setembro, a partir das 8h
Luta pelo piso de R$ 1.312 continua com vigília na Seduc
Os trabalhadores da rede estadual de ensino em Mato Grosso realizam vigília e paralisação, no próximo dia 12 de setembro, a partir das 8h, em frente ao prédio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). O ato vai reafirmar a viabilidade de implantação imediata do piso salarial de R$ 1.312,00 e garantia da hora atividade para interinos.
Parte da agenda de mobilizações do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), a vigília também vai lembrar que a greve suspensa no dia 04 de julho não significa o fim da luta. Na ocasião, a categoria decidiu manter o estado de greve com indicativo de nova paralisação em setembro. “Enquanto o governo do Estado insistir em não priorizar a Educação, o movimento continuará", afirma o presidente do Sindicato, Gilmar Soares Ferreira.
Ele ressalta ainda que os profissionais da educação continuam fortalecidos, mesmo diante das tentativas de intimidação por parte do Poder Executivo. "O governo agiu de forma antidemocrática ao substituir o diálogo pela judicialização do movimento e, via Seduc, não respeitou a classe dos trabalhadores da educação ao atentar contra os princípios democráticos e de direitos, utilizando-se de instrumentos de coerção típicos de governos autoritários", recorda.
O Sintep/MT já comprovou inúmeras vezes que existem recursos para o pagamento do piso de R$ 1.312,00. Só no período de janeiro a abril de 2011, o governo de Mato Grosso teve um superávit primário - diferença entre o que foi arrecadado e o que foi gasto pelo Estado - de R$ 775 milhões. A meta prevista no Orçamento para este ano era de R$ 329,7 milhões. “Os R$ 445,3 milhões além da meta é dinheiro que o governo deixou de aplicar em políticas públicas, sonegando à população mato-grossense os direitos sociais básicos de saúde, segurança e educação”, protesta o sindicalista.
O piso de R$ 1.312,00 aos trabalhadores da educação representa apenas R$ 26 milhões, ou seja, 5,83% do que o Executivo Estadual deixou de investir no bem estar dos cidadãos. “Portanto, está claro que não faltam recursos financeiros para atender às reivindicações da categoria, para conferir a dignidade merecida aos profissionais que se dedicam à sublime missão de educar”, finalizou o presidente do Sintep/MT.
Comentários