Uso de lareiras: conheça os riscos e tome cuidado!
Para o brasileiro, acostumado com o clima tropical e o calor em grande parte do ano, a chegada do inverno traz uma série de desconfortos em algumas regiões. As temperaturas baixas especialmente nas regiões sudeste e sul requerem roupas mais pesadas, que nos protejam efetivamente do frio intenso. Na tentativa de trazer para casa um pouco mais de aconchego, uma das saídas são as lareiras domiciliares.
Contudo, dr. Fernando Lundgren, presidente do Departamento de DPOC da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), explica que devemos tomar muito cuidado com o uso destes artefatos, uma vez que a fumaça proveniente da queima da lenha, assim como a do carvão de fogoões e churrasqueiras, é bastante prejudicial à saúde respiratória.
“A inalação desta fumaça é um tanto quanto perigosa, podendo agravar doenças já existentes – como a asma e bronquite crônica –,ou, em casos extremos, levar ao aparecimento de novas patologias, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)”, explana o especialista.
Idosos e portadores de doenças respiratórias crônicas são os grupos que correm maior risco de adquirir complicações causadas pelo processo de queima de lareiras, além de bebês e crianças, que merecem atenção especial.
“A fumaça liberada é composta por partículas que obstruem as vias aéreas superiores, fazendo com que o indivíduo tenha dificuldade de respirar, provocando também infecções e inflamações que podem dar inicio a crises de asma e rinite ou pneumonia”.
Segundo dr. Lundgren, não há um tempo máximo considerado seguro para a exposição à fumaça da lareira. A grande preocupação é que haja uma boa exaustão, afastando as partículas nocivas de dentro de casa, garantindo, mesmo com a lareira acesa, um ambiente limpo e ar fresco.
“A limpeza da chaminé deve ser feita pelo menos uma vez ao ano, já que com o tempo a fumaça passa a penetrar nas paredes, diminuindo o fluxo de passagem das partículas sólidas presentes no gás”, finaliza.
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