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Internacional
Quinta - 25 de Agosto de 2011 às 09:33

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Jonathan James
Tanya Vlach com o olho esquerdo implantado após acidente em 2005.
Tanya Vlach com o olho esquerdo implantado após acidente em 2005.
Desde que perdeu a visão do olho esquerdo em um acidente, em 2005, a artista americana Tanya Vlach sonha com um olho artificial, eletrônico, que contenha uma webcam.

Agora, ela está mais perto desse objetivo: angariou na internet US$ 19.631, que serão entregues a uma equipe de engenheiros, cuja missão será construir um protótipo de olho eletrônico.

"Estou empolgada e impaciente. Será algo novo para mim e para a humanidade. Precisamos pensar nos próximos passos (da ciência médica)", disse a artista à BBC Brasil.

Tanya, que se dedica a diversos tipos de arte - de fotografia à dança e instalações visuais -, sofreu danos no olho esquerdo após um acidente de carro, há seis anos. Já no hospital, ainda em choque e sob o efeito de medicamentos, já começou a pensar em formas de recompor sua visão.

Recentemente, usou seu blog (Tanyavlach.wordpress.com) e o site Kickstarter para pedir recursos para o olho com webcam. Desde então, diz ter sido contatada por dezenas de engenheiros interessados no projeto

Etapas


"Ainda não montamos a equipe de engenheiros, porque quis ser cuidadosa e ter um médico na equipe", disse Tanya. "Mas acho que teremos progresso já no ano que vem. Em uma primeira fase, não creio que o olho será utilizável. A segunda etapa será destinada a fazer a câmera em tamanho pequeno."

Só depois o olho eletrônico poderá ser testado pela artista - e, mesmo assim, provavelmente não durante as 24 horas do dia, contou Tanya.

Especialistas ouvidos pela imprensa americana para comentar o caso disseram que é improvável que Tanya consiga que a webcam seja conectada ao seu cérebro. Mas um cientista afirmou que uma possibilidade é que uma pequena câmera caiba dentro da prótese de olho usada pela artista. Essa câmera transmitiria, por sistema sem-fio, as imagens para um celular ou para um monitor.

Tanya disse que pretende transformar a empreitada em um filme, mas admitiu ainda sentir apreensão pela possibilidade de ter um equipamento eletrônico instalado em seu corpo.

"Como artista, a perda do olho me afetou dramaticamente. Percebi que a vida é curta e que precisava explorar minha arte", contou Tanya. "Após o acidente, quando comecei a ver as tendências tecnológicas e a conversar com o público, percebi que todos sentem medo e empolgação com a tecnologia.






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