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Quarta - 24 de Agosto de 2011 às 08:26

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Preso nesta segunda-feira (22) ao chegar ao Brasil, o empresário baiano Paulo Sérgio Cavalcanti, apontado pela Receita Federal e Polícia Federal como mentor de suposto esquema de sonegação fiscal, divulgou nota em que afirma ser alvo de "acusações absurdas" e diz não ter vergonha de seu patrimônio.

Os bens do empresário incluem uma ilha de 20 mil metros quadrados na baía de Todos os Santos, avaliada em R$ 15 milhões (sem as benfeitorias) e confiscada pelos órgãos federais na Operação Alquimia, deflagrada na semana passada. O imóvel permanece sob usufruto de Cavalcanti, mas Receita e PF deverão solicitar o seqüestro do bem à Justiça.

Cavalcanti é dono da Sasil, uma das principais distribuidoras de produtos químicos do País. No ano passado, comprou a Varient, distribuidora da Braskem, braço petroquímico do grupo Odebrecht, e consolidou sua operação nacional.

Preso em Salvador ao chegar da Europa, o empresário negou que estivesse foragido. "Estava em viagem de férias com minha família, e deixamos o País sem qualquer restrição quando de nosso embarque, há 10 dias - antes, portanto, da emissão das medidas cautelares que vinham sendo preparadas em sigilo", afirmou, no comunicado divulgado à imprensa.

O grupo Sasil, que presta serviços para grandes empresas petroquímicas, como Braskem e Petrobras, é suspeito de montar uma engenharia empresarial, com empresas de fachada e outras sediadas em paraísos fiscais, para burlar o pagamento de impostos. O prejuízo ao erário, segundo a Receita e a PF, pode chegar a R$ 1 bilhão.

O empresário disse ser alvo de "avalanche de acusações absurdas" e se disse "pronto a apoiar a investigação". Negou ter "ligação societária ou pessoal com empresas sonegadoras, off-shore ou não". "A Sasil e a Varient são empresas 100% auditadas e que prezam pela transparência nas suas contas. (...) Tivemos, sim, relações comerciais de compras e vendas diversas, na década de 90, com algumas das empresas citadas no caso. Fato que não traz nenhuma imputação legal à minha empresa, por tratar-se de uma distribuidora comercial", disse.

Confirmando a propriedade da ilha nas imediações de Salvador, Cavalcanti afirmou que seu patrimônio "é fruto de muito suor e dedicação". "E não me envergonho dele. Ao contrário, tenho orgulho de ser um empresário de sucesso em um País com tantos entraves para o desenvolvimento do empreendedorismo."

Após prestar declarações na segunda-feira por mais de seis horas na sede da PF em Salvador, Cavalcanti foi transferido para um presídio na capital baiana, onde deverá permanecer ao menos até o fim da prisão temporária de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco. Sócio e irmão de Cavalcanti, Ismael César Cavalcanti Neto também foi preso na operação e permanece detido.





Fonte: IG

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