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Cidades/Geral
Quarta - 24 de Agosto de 2011 às 07:26
Por: ALCIONE DOS ANJOS

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O Sindicato dos Profissionais de Enfermagem (Sipen) conseguiram uma reconsideração sobre a liminar concedida pela Justiça do Trabalho que reformula o percentual de trabalhadores a permanecer nas unidades durante a greve da categoria. Conforme o advogado do Sipen, Rodolfo Fernando Borges, a decisão saiu ontem à tarde e estabeleceu um percentual de 75% de profissionais nas UTIs, 50%, nos centros cirúrgicos, e 30%, em todos os demais setores hospitalares.

Os enfermeiros estão paralisados desde segunda-feira e, ainda antes de iniciar a greve, o sindicato patronal requisitou uma liminar no Tribunal Regional do Trabalho que garantisse a manutenção de 75% de trabalhadores nas UTIs e nos centros cirúrgicos, 50%, nos prontos-atendimentos, e 30%, nos demais setores. Esse pedido foi revisto.

A troca de acusações entre trabalhadores e patrões marcou o segundo dia de greve dos enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares do setor privado. Ontem pela manhã os grevistas fizeram mobilização em um único local, em frente ao Hospital Santa Rosa.

Enquanto a administração do hospital afirmava que os grevistas desrespeitaram a liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), o presidente do Sindicato dos Profissionais da Enfermagem (Sinpen), Djamir Soares, acusou os proprietários de estabelecimentos de saúde privados de coagirem os trabalhadores. “Eles que desrespeitam as leis. Pelo menos cinco hospitais não liberaram os trabalhadores para a mobilização”, reclamou o sindicalista. “Ameaçam demitir os trabalhadores que fizerem greve. Isso é coação”, reagiu.

O advogado Rodolfo Borges também informou apresentará denuncia no Ministério Público do Trabalho contra os hospitais Santa Helena, Só Trauma, Bom Jesus de Cuiabá e dos Policiais Militares, acusados de não liberarem funcionários para o movimento grevista. “Isso é crime, trata-se de prática anti-sindical, pois impede que o trabalhador exerça o direito constitucional de fazer greve”, argumentou.

No fim da tarde de ontem, o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Sindessmat) apresentou, por meio da assessoria de imprensa, um balanço acusando o Sipen de desrespeitar a decisão liminar. “Segundo o levantamento, o Sinpen descumpriu a decisão judicial não mantendo os 75% de profissionais em UTI e Centro Cirúrgico nos principais hospitais da Capital, dentre eles Jardim Cuiabá, São Mateus, Santa Rosa, HGU e do Câncer”, trouxe a nota. A informação é rebatida pelos trabalhadores. Conforme o defensor do Sinpe, quando saiu a primeira liminar, a assessoria jurídica solicitou relação dos funcionários de cada hospital que estariam de plantão para os trabalhadores organizarem escala, mas os hospitais não teriam repassado. A questão também está no âmbito judicial.




Fonte: Do DC

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