Escola suspende Eja e alunos protestam em VG
Pais e mães de família que trabalham durante o dia e utilizavam a noite para estudar no Eja (Educação de Jovens e Adultos) estão indignados com o fechamento da modalidade na Escola Municipal Benedita Bernardina Curvo, no bairro Nova Ipê, em Várzea Grande. Os motivos, seriam para cortar gastos já que a quantidade de alunos não estaria “compensando a verba utilizada para manter a escola funcionando no segmento frequentado por pessoas que pretendem repor o tempo perdido e concluir os estudos atrasados”. Diante da situação, alunos resolveram protestar na noite desta terça-feira, diante da escola, para sensibilizar a secretaria de Educação do município de forma que o Eja seja mantido para os alunos interessados.
Professora de linguagens no estabelecimento, Rosa Amorim, explica que o índice de desistência é normal,e ocorre também em outros centros de ensino, pois são pessoas adultas e não se pode obrigá-las a estudar. “Estamos mobilizando a população interessada para retomar os estudos, pois a transferência para outras escolas faz com que mais alunos desista de levar os estudos adiante. O anúncio sobre o término do Eja na escola, foi anunciado na última sexta-feira. Na segunda-feira (22) as aulas foram suspensas e pegaram os alunos de surpresa.
Ela explica que as duas escolas mais próximas, no caso, Maria das Graças, no bairro Jardim Glória II e Rita Auxiliadora, no Jardim Imperial, implica em pelo menos mais 2,5 quilômetros a ser percorridos. “Neste caso, eles já estão cansados do trabalho e terão custos com vale transportes”, conta. Conta ainda que ficaram sabendo que a decisão é definitiva e não tem volta, o que os alunos não concordam.
Outro lado: Secretária de Educação de Várzea Grande, Zilda Pereira Leite, confirmou a suspensão do Eja na escola Benedita Bernardina Curvo, mas disse que não é uma decisão definitiva. Explica que para garantir o funcionamento, precisa de no mínimo, 30 alunos por turma. Afirma que tem gastos com 6 professores, coordenadores, e servidores para apoio administrativo, mas, segundo ela, com índice o de desistência em 60% como ocorreu no primeiro semestre, os gastos se tornam inviáveis para manter o curso em funcionamento.
No primeiro semestre 157 pessoas se matricularam, mas apenas 56 concluíram o semestre. Destes, 16 no primeiro segmento, e outros 40 divididos em 10, 14 e 16 respectivamente nas 3 fases que compõem o segundo segmento. A escola oferecia a modalidade Eja desde de 2005, que foi suspensa em 2010 retornando este ano. Porém, diante do impasse, o curso deixa de existir no local mais uma vez.
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