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Cidades/Geral
Terça - 23 de Agosto de 2011 às 07:57
Por: GUILHERME BLATT

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O Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) aprovou uma resolução para tornar mais rígidas as regras para a observação de onças em Mato Grosso. A falta de cuidado e o excesso de aproximação já provocaram uma série de acidentes, como aconteceu com o adolescente João Victor Braz, atacado por uma onça em julho do ano passado em Cáceres.

Pela resolução 85/11, a observação de onças será permitida desde que não provoque alterações no comportamento do animal. O observador deverá permanecer em silêncio e poderá utilizar apenas máquinas fotográficas, filmadoras, binóculos ou lunetas.

Estará proibida a utilização de instrumentos sonoros, visuais ou olfativos para atrair os animais e os guias locais não poderão alimentar as onças. Há a suspeita de que alguns guias “cevam” o ambiente com pedaços de carne para chamar as onças. Também está proibido perseguir, atrapalhar ou impedir o percurso do animal.

A resolução também estabelece padrões para as embarcações que levam os turistas até os pontos de observação. Haverá uma distância mínima a ser observada em relação às margens do rio, um limite máximo para o número de embarcações, que poderão permanecer no local por no máximo 20 minutos.

Atividades científicas com fins de estudo ou pesquisas poderão ser realizadas desde que com a licença dos órgãos ambientais.

O médico perito Manoel Campos Neto, que trabalhou no atendimento a João Victor, diz que essa mudança no comportamento poderá diminuir o receio do animal selvagem em relação aos homens. Ele lembra que floresta não é um cenário para fotografias, que se trata do habitat natural das onças. “Assim como nós não gostamos quando alguém invade a nossa casa, as onças também não gostam”, diz.

Para ele, o ideal é que os turistas sejam informados dos riscos que poderão correr e que eles não provoquem os animais. Ele diz que o caso de João Victor foi raro, porque dificilmente as onças abandonam o corpo atacado. O adolescente teve várias lesões no corpo e um pedaço do seu crânio precisou ser retirado.

A resolução 85/11 entrou em vigor a partir do dia 19 de agosto, quando foi publicada no Diário Oficial do Estado.




Fonte: Do DC

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