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Nacional
Sexta - 04 de Outubro de 2013 às 11:12

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Preso por estupro e morte de menina Rebeca na Rocinha pediu perdão aos pais da criança nesta sexta (4) (Foto: Mariucha Machado/G1)

Preso por estupro e morte de menina Rebeca na
Rocinha pediu perdão aos pais da criança
nesta sexta (4) (Foto: Mariucha Machado/G1)

Preso por suspeita de estuprar e matar a menina Rebeca Miranda de Carvalho, de 9 anos, na Rocinha, Zona Sul do Rio de Janeiro, Elder Marinho, de 22 anos, pediu perdão aos pais da criança, na manhã desta sexta-feira (4). Questionado sobre o que diria para os pais da menina, ele disse: "eu pediria perdão", acrescentando que é pai de um bebê de 4 meses, que vive no Ceará.

O pai de Rebeca estava na Divisão de Homicídios e comentou a prisão. "Eu não sou a Justiça. Ele vai ter que responder à Justiça. Estou tirando muita força para passar pelo meu filho", disse Reinaldo Santos. "Eu tenho muito a agradecer a DH, ao Dr. Henrique, à população e à imprensa. Eu encontrei muito apoio".

Elder já foi preso por violentar uma menina de quatro anos em Juazeiro do Norte, no Ceará, conforme mostrou o Bom Dia Rio nesta manhã. Ele foi detido na comunidade de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, Zona Oeste, na noite desta quinta-feira (3).

Segundo a polícia, o crime no Ceará foi em 2008, quando Elder trabalhava em um parque de diversões. Ainda segundo a Divisão de Homicídios, o suspeito, no momento da prisão nesta quinta (3), tinha marcas de arranhão no rosto e detinha o celular de Rebeca, que foi encontrada morta no dia 29.

"Para mim é um alívio. Foi feita justiça. Ligaram para um amigo que nos passou a notícia. Sempre tive a esperança na solução do caso. Agora o que tenho a dizer é agradecer o trabalho deles", disse a mãe da menina, Maria Miranda, emocionada.

Parentes de Rebeca chegam à Divisão de Homicídios, na Zona Oeste do Rio (Foto: Gabriel Barreira/G1)


Parentes de Rebeca chegam à Divisão de
Homicídios, na Zona Oeste do Rio
(Foto: Gabriel Barreira/G1)

A DH pediu a prisão temporária de 30 dias para Elder, segundo a polícia. O suspeito, que confessou o crime, passará ainda por exames no Instituto Médico Legal.

Manifestação
Moradores da favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, fizeram por volta das 18h desta quinta-feira um protesto contra a morte da menina e comemoraram ao receber a notícia, interrompendo o ato. A criança foi vítima de abuso sexual de acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML).

"Nos reunimos com o Freixo [deputado estadual] e a comissão de Direitos Humanos da Alerj ficou de ajudar tanto quanto no caso do Amarildo. Esse protesto vai causar um pouco de transtorno mas é pra chamar a atenção da sociedade pra Rocinha", disse William de Oliveira, membro conselho estadual de Direitos Humanos.

Carregando diversas faixas, os manifestantes chegaram a fechar a Autoestrada Lagoa-Barra, sentido Barra da Tijuca. “É a primeira. Faremos protestos até que achem o culpado. Ou cairá no esquecimento e acontecem outras vezes”, afirmou João Bosco Barros, primo da menina Rebeca.

Rebeca foi encontrada morta na manhã deste domingo (29). (Foto: Lívia Torres/G1)

Rebeca foi encontrada morta na manhã de
domingo (29). (Foto: Lívia Torres/G1)

Como foi o crime
Rebeca foi encontrada morta em um barranco, a 50 metros da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha. Os moradores dizem que os policiais da UPP não fazem mais patrulhamento nos becos da favela desde o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo, há pouco mais de dois meses. Segundo a polícia, o caso do pedreiro deve ser concluído nos próximos dias, mas o governador Sérgio Cabral nega que a tropa tenha recebido orientação para não policiar os becos.

A vizinha que encontrou o corpo de Rebeca disse que ela estava coberta com telhas e que reconheceu o chinelo que a menina estava usando.





Fonte: Do G1

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