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Nacional
Sexta - 04 de Outubro de 2013 às 11:00

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Um estudo do Ministério Público mostra que mais da metade dos casos de assassinato do estado de São Paulo são arquivados.

Tantos inquéritos sem solução por falhas na investigação. O estudo do Núcleo de Criminologia do Ministério Público também mostrou um outro dado preocupante: 66% dos assassinatos com autor identificado, na capital paulista, foram motivados por discussões ou vingança. E a maioria dos autores nem tinha passagem pela polícia.

O Ministério Público usou dados dos tribunais do júri da capital do final de 2011 até agosto deste ano.

Os promotores dizem que a maior parte das pessoas que cometeram assassinatos e foram identificadas não tinha antecedentes criminais, e que os principais motivos para os crimes, com autoria conhecida, foram fúteis.

Primeiro, aparecem as discussões e, em seguida, a vingança. “Uma pequena discussão no trânsito, uma pequena briga em um bar, uma pequena briga entre vizinhos... nos parece que, cada vez mais, campanhas de respeito, tolerância e diálogo são fundamentais”, diz Alexandre Almeida de Moraes, coordenador do Centro de Apoio Oper. Criminal.

Em maio, depois de uma discussão com um flanelinha, o estudante Renan Ardito Rosa, de 22 anos, acabou morto a facadas na saída de uma festa na quadra da escola de samba Rosas de Ouro. O flanelinha, Cristiano da Silva, foi preso. A família de Renan está inconformada. “É lamentável. Lamentável, assim em fração de segundo, uma besteira, um menino bom, que não era briguento, era estudioso”, declara José Carlos Ardito, vendedor.

O Ministério Público também apurou que a autoria desconhecida é o principal motivo de arquivamento dos casos de homicídio da capital. Ou seja, na maioria das vezes, a polícia não conseguiu identificar quem era o autor do assassinato.

“Sessenta por cento dos inquéritos que chegam ao Ministério Público são arquivados por autoria desconhecida. Por falta de provas sobre a autoria, o que indica uma necessidade premente, urgente de aperfeiçoar os mecanismos de investigação criminal pelo menos na capital do estado de São Paulo”, declara Alexandre Almeida de Moraes, coordenador do Centro de Apoio Oper. Criminal.

O Departamento de Homicídios da Polícia Civil disse que este ano já esclareceu 440 casos.





Fonte: Do G1

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