Justiça prorroga prisão de casal suspeito de sequestro em MG
A Polícia Civil de Minas Gerais obteve da Justiça a prorrogação da prisão temporária do casal suspeito de sequestro em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, e vai investigar agora se eles estão envolvidos com estelionato.
Essa tese passou a ser considerada com a descoberta de uma procuração em nome da jovem de 24 anos que morava com a dona de casa Neli Maria Neves, 53, e o policial militar aposentado Jair Narcizo de Lacerda, 65.
Com a procuração, Natália, como a moça foi identificada, pode negociar imóveis. Ela deve passar por avaliação médica para saber se tem algum transtorno mental.
A polícia prendeu o casal após o sequestro de uma menina de sete anos, que teve a certidão de nascimento falsificada. Natália também teve seu documento falsificado há muitos anos. A polícia investiga se ela foi sequestrada ou dada pela mãe biológica, que já morreu.
A possibilidade de crime de estelionato foi reforçada, segundo a delegada Cristina Coelli, depois que uma testemunha disse à polícia que um parente de Neli também teria falsificado uma certidão de nascimento, alterando a filiação.
Coelli disse que a polícia investiga os detalhes dessa falsificação. Ela disse que não houve sequestro nesse caso, mas apenas mudança do nome do pai. Foi colocado o nome de um homem morto por homicídio.
Diante disso, as suspeitas apontam para um golpe com o intuito de conseguir pensão. Não há mais detalhes.
A polícia também investiga se havia uma pensão em nome de Natália que beneficiasse o casal preso.
A polícia chegou até Neli por causa de um retrato falado da suposta sequestradora da criança de sete anos. Com a divulgação da imagem, a criança foi libertada.
O casal já tinha registrado a menina como filha legítima em um cartório de São Joaquim de Bicas, também na região metropolitana de BH.
Descobriram também o registro de Natália como filha legítima do casal no mesmo cartório, anos atrás.
Neli já cumpriu pena por matar o marido.
Comentários