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Internacional
Sábado - 20 de Agosto de 2011 às 19:31

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O ditador sírio, Bashar al Assad, concederá neste domingo uma entrevista à TV pública, anunciou a agência oficial Sana.

A entrevista transmitida pela televisão ocorre depois que os países ocidentais, com Estados Unidos e União Europeia à frente, pediram sua renúncia devido à sangrenta repressão da revolta popular iniciada em meados de março, que já deixou mais de 2.000 mortos.

O regime de Assad --que herdou o governo de seu pai em 2000-- está cada vez mais isolado e enfrenta forte pressão da comunidade internacional. Ontem, os Estados Unidos e seus aliados europeus exigiram que o ditador renuncie.

Os Estados Unidos e a UE anunciaram nesta semana novas sanções contra o regime sírio.

Neste sábado, forças sírias dispararam metralhadoras pesadas em um bairro residencial no centro da cidade de Homs, após protestos contra Assad.

Moradores disseram que helicópteros militares voaram sobre a cidade durante a madrugada e que os telefones fixos e a energia elétrica foram cortados na sexta-feira, depois de manifestações onde uma multidão acenou com sapatos na mão em sinal de desprezo por Assad.

Um dia antes, forças de Assad mataram 34 pessoas, incluindo quatro crianças, em Homs e Deraa, onde a revolta popular começou em março. Mortes também ocorreram nos subúrbios de Damasco e da antiga cidade de Palmyra, localizada no meio do deserto, disseram ativistas.

A Síria tem expulsado a maior parte de veículos independentes de imprensa desde o início dos conflitos, o que dificulta o acompanhamento dos acontecimentos na região.

ONU

Nesta sexta-feira, a ONU divulgou um relatório dizendo que as forças do governo sírio podem ter cometido crimes contra a humanidade por terem perpetrado execuções sumários, tortura de presos e atos de violência contra crianças.

Uma comissão da ONU recomendou ontem que a situação de violência na Síria seja encaminhada à Corte Penal Internacional (CPI) para a investigação dos possíveis crimes contra a humanidade.

O embaixador da Síria na ONU diz que uma equipe humanitária da organização chegará a Damasco neste sábado. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) disse estar otimista que as autoridades sírias irão permitir o acesso a todos os presos do país "em semanas".

Apesar da pressão, o governo sírio insiste que enfrenta uma ameaça de "terroristas" que causam caos no país.






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