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Economia
Sábado - 20 de Agosto de 2011 às 07:31

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Enquanto a União insiste que o Brasil está forte, especialistas afirmam que está difícil “descolar”
Enquanto a União insiste que o Brasil está forte, especialistas afirmam que está difícil “descolar”
Ao entregar, ontem, unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida, em São José do Rio Preto (SP), a presidenta Dilma Rousseff disse que o Brasil não está em crise, referindo-se aos problemas na área econômica que afetam países da Europa e os Estados Unidos. Ela ressaltou que o governo brasileiro tem dado continuidade a programas sociais que movimentam a economia.

“Essa crise que começou em 2008 não acabou, mas nós aqui continuamos no nosso caminho, porque nós não estamos em crise”, disse a presidenta, ao destacar que a segunda edição do Minha Casa, Minha Vida prevê a construção de 2 milhões moradias.

A presidenta reiterou que o Brasil está forte para enfrentar turbulências. “A cada dia estamos mais fortes para nos proteger, para fazer esse país crescer quando a crise lá fora acontece, e vamos continuamos aqui trabalhando, construindo casas, criando mais indústrias, mais empregos, fazendo nossa parte que é saber que esse país é muito rico, temos petróleo, minério, nossa agricultura é forte, temos industriais”, disse no discurso em São José do Rio Preto (SP).

Em São José do Rio Preto, a presidenta participou da entrega de 1.993 unidades habitacionais, sendo 50 adaptadas para pessoas com dificuldade de locomoção. As moradias atenderão famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil.

BOLSAS - Em dia de forte oscilação, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) acabou fechando em queda, influenciada pela piora nos mercados norte-americanos durante a tarde.

Com o ritmo maior de baixa da Bolsa doméstica, o dólar acabou se firmando no terreno positivo, após operar perto da estabilidade na maior parte da sexta-feira.

O Ibovespa, o termômetro dos negócios da Bolsa paulista, caiu 1,29%, atingindo os 52.447 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,89 bilhões, abaixo da média. Com a queda do pregão de ontem, a Bolsa terminou a semana em baixa de 1,92%. No mês, a baixa é de 10,84%.

O dólar comercial foi negociado por R$ 1,602, na venda, em alta de 0,18% no dia. Na semana, porém, ainda teve queda, de 0,56% (no mês, a divisa acumula alta de 3,09%). A moeda chegou a cair para R$ 1,591 ao longo do dia. Já o dólar turismo foi vendido por R$ 1,700 e comprado por R$ 1,530 nas casas de câmbio paulistas.

Nos Estados Unidos, o Dow Jones teve baixa de 1,57%. O Nasdaq, dominado pelo setor tecnológico, caiu 1,62%, enquanto o índice ampliado Standard & Poor"s 500 registrou desvalorização de 1,50%.

No Brasil e nas Bolsas norte-americanas, o cenário foi de oscilação. Uma possível recessão da economia norte-americana continua no radar dos investidores. Uma recessão é tradicionalmente classificada como dois trimestres consecutivos de variação negativa do PIB (Produto Interno Bruto) de um país.

Além disso, os investidores foram influenciados pela preocupação de que os bancos europeus podem ter problemas caso haja calote de algum dos países com problemas de endividamento, pois diversas instituições financeiras possuem títulos da dívida dessas nações.

"A volatilidade vai continuar, ao sabor de notícias, dados econômicos no exterior. Precisaremos ter paciência para conviver com isso por um bom tempo", afirmou Romeu Vidali, gerente de renda variável da Concórdia Corretora.

"Não estamos mais conseguindo nos descolar do que está acontecendo lá fora. Sempre que você tiver um movimento forte no exterior, isso vai se refletir aqui dentro, porque nossa Bolsa é muito líquida".

Para ele, a atual crise ainda terá um longo período de maturação. E, enquanto não houver boas notícias ou sinais do início de uma solução dos problemas na Europa, os mercados continuarão sofrendo com a volatilidade.





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