Segundo a investigação, as mulheres eram namoradas de traficantes presos. "Depois da prisão desses traficantes, eles passaram o poder de gerenciar os negócios do tráfico para suas companheiras em liberdade. Elas movimentavam cerca de R$ 500 mil por mês com venda de todo tipo de entorpecente", disse o delegado Eric Seixas Dutra, que comandou a operação.
Durante a investigação, que contou com informações coletadas em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, os traficantes presos passavam ordens para suas namoradas sobre as operações do tráfico. De acordo com o delegado, o grupo atuava em Canoas, Nova Santa Rita e Porto Alegre.
"Dos 21 mandados de prisão preventiva decretados pela Justiça, cumprimos 18 deles. Um dos envolvidos já tinha sido preso antes da operação. Agora três ainda estão foragidos. Duas delas eram mãe e filha, mas a filha tinha mais poder porque namorava o chefe da quadrilha", disse o delegado.
Além de tráfico de drogas, a quadrilha de mulheres era responsável por arquitetar roubo a bancos e cargas. "Também são investigadas por homicídios. Uma das mulheres presas namorava o chefe da quadrilha. Este traficante, nas escutas telefônicas, confessou que conseguia pular o muro do presídio onde estava todas as noites. Ele saía após a conferência dos agentes penitenciários e voltava antes da conferência matinal. Em uma dessas fugas, ele matou um traficante rival."
Tos os traficantes namorados das mulheres presas na operação foram remanejados para outros presídio. "Eles recebiam visitas íntimas das namoradas. Agora, nem elas e nem eles terão esse benefício", afirmou o delegado.
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