Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 7,10%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores, quando ficou em 6,75%, e também superior ao teto da meta do Banco Central, de 6,5%. A alta dos últimos 12 meses é, ainda, a maior desde junho de 2005, quando havia ficado em 7,72%.
A alta no acumulado no ano aumentou para 4,48%, fechando acima de igual período do ano anterior, quando havia ficado em 3,21%.
Alimentação tem principal impacto
O grupo alimentação e bebidas voltou a subir e teve o principal impacto individual no índice do mês, diz o IBGE, ficando em 0,21% em agosto após queda de 0,39% em julho. O grupo foi liderado por refeição em restaurante, que teve alta de 0,92%.
Vários alimentos que estavam em queda no mês anterior subiram em agosto, como o feijão carioca, de queda de 0,73% para alta de 1,21%, o arroz, de recuo de 1,29% para aumento de 0,34%, e das carnes, de redução de 1,50% para alta de 0,52%.
O aluguel residencial também exerceu pressão sobre o índice do mês, saindo de 0,46% de julh para 1,06% em agosto. Destaques são Belo Horizonte, com 2,20% de alta no mês, e Brasília, com 2,07%.
Foi mais intensa, ainda, a taxa de crescimento dos eletrodomésticos (de 0,61% para 1,27%), dos artigos de vestuário (de 0,15% para 0,68%) e das tarifas dos ônibus interestaduais (de 2,97% para 4,09%).
Os combustíveis passaram de queda de 1,17% para alta de 0,01%. O etanol registrou desaceleração na alta, de 1,79% para 1,54%. A gasolina, contudo, apresentou queda bem menos significativa, de recuo de 1,49% para queda de 0,17%.
De acordo com o IBGE, enquanto os alimentos ficaram, em média, 0,21% mais caros, os produtos não alimentícios aumentaram 0,29%, acima do resultado de julho, que foi 0,25%.
Índices regionais
Entre os índices regionais, o maior foi o de Brasília (0,44%), em virtude, principalmente, do aumento do aluguel (2,07%) e dos combustíveis (1,77%). O mais baixo foi o de Recife, com queda de 0,17% devido ao menor resultado dos alimentos (-0,66%).
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 14 de julho a 12 de agosto e comparados com aqueles vigentes de 14 de junho a 13 de julho de 2011, diz o IBGE. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
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