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Polícia Brasil
Sexta - 19 de Agosto de 2011 às 10:25

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PF desmantelou quadrilha que desviava dinheiro do Ministério do Turismo
PF desmantelou quadrilha que desviava dinheiro do Ministério do Turismo

A Polícia Federal prendeu na tarde desta quinta-feira (18) duas pessoas que tiveram prisão decretada na Operação Voucher, que investiga desvio de verbas no Ministério do Turismo. Foram presos por falta de pagamento da fiança o empresário e jornalista Humberto da Silva Gomes e o irmão dele Hugo Leonardo da Silva Gomes, que chegaram a Brasília dos Estados Unidos na noite de quarta.

Conforme a PF, os dois não foram presos durante a operação, na semana passada, por não terem sido localizados na ocasião. Ao chegar a Brasília, os irmãos apresentaram decisão judicial em habeas corpus e foram liberados "na falta de meios previstos em lei para checar o pagamento da fiança fixado pelo juízo de Macapá", conforme a PF.

Posteriormente, a Polícia Federal verificou que os dois não efetuaram o pagamento de R$ 109 mil estipulado pela Justiça e efetuou as prisões. Eles foram detidos em Taguatinga, no Distrito Federal.

Humberto Silva Gomes foi considerado foragido porque viajou para Miami (Estados Unidos) um dia antes da deflagração da Operação Voucher. Durante a operação, a PF prendeu 36 pessoas, todas já libertadas.

Na noite de quarta, o irmão dos dois, Marcos Gomes, havia informado que o pagamento da fiança não foi efetuado e que a família não tinha condições de arcar com o valor. Segundo ele, um advogado já entrou com pedido de redução de fiança com base na movimentação das contas bancárias. "Os extratos dele e da empresa dele mostram que o valor é absurdo, que ele não poderá pagar".

A empresa de Humberto, a Barbalho Reis Comunicação e Consultoria, é suspeita de ter servido de fachada para o desvio de dinheiro público de um convênio de R$ 4,4 milhões do Ministério do Turismo.

No último dia 14, por e-mail, Humberto disse ao G1 ter ido aos Estados Unidos para vender um carro comprado em Los Angeles, na época em que ele estudava inglês nos EUA. Considerado foragido pela polícia, ele chegou a ter o nome inserido na lista de fugitivos da Interpol.

"Não sou fugitivo nem bandido ou muito menos leciono licitação: a arte da regra 3", disse Gomes na mensagem ao G1. Ele se refere a uma conversa telefônica, interceptada pela PF, na qual ele supostamente "ensina" a superfaturar licitações públicas.

"Quando é dinheiro público, não pesa no seu bolso. Aí você joga pro alto mesmo (...). Criou essa ideia aqui: "É pro governo? Joga o valor pra três, tudo vezes três"", teria dito Gomes em conversas telefônicas interceptadas pela PF.





Fonte: Do G1

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