Belgas e africanos conhecem Barra do Bugres
Grupos folclóricos de Benin (África do Sul) e da Bélgica (Europa Ocidental) estiveram no Doce Vida, em Barra do Bugres, na tarde de quarta-feira (17) e junto com as crianças do projeto social fizeram uma grande festa. Depois eles seguiram para o Ponto de Cultura.
Os africanos e os belgas estão na cidade participando das atividades descentralizadas da quarta edição do Festival Internacional de Folclore de Mato Grosso (Fifolk/MT), evento realizado pelo Grupo Chalana, de Cáceres, em parceria com a Federação Brasileira de Artes Populares, (Febrarp), Associação organizadora do Fifolk/MT e Secretaria de Estado de Cultura (SEC-MT).
Este é o segundo ano que Barra do Bugres recebe ações do Fifolk. Para das as boas-vindas aos visitantes, os alunos do projeto apresentaram números de dança. Em seguida os africanos deram um show de talento na pista e depois quem se apresentou foram os belgas, que convidaram as crianças a participar da dança.
O artista Fatai Adekanbi, de Benin, achou a cidade bonita e disse ter gostado do que viu no Projeto Doce Vida. A diretora do grupo belga, Katrien Van Bel, destacou que o povo da América é muito autêntico. “Estive em Cuiabá e não gostei da cidade, achei muito suja, gostei mais de Barra do Bugres, aqui as pessoas são mais simpáticas”, destacou Katrien, acrescentando que como gosta muito de crianças foi muito bom estar junto com elas.
Da Bélgica são dois grupos de dança – o Trawantel, da cidade de Westerlo – e das bandeiras – de Hoogstraten –, além de músicos. Os componentes do grupo de dança belga são, em sua maioria, da melhor idade. De acordo com Katrien, é que este grupo cultiva uma tradição de mais de 500 anos, dançada para proteger os castelos. Já a dança das bandeiras significa a disciplina para com o armamento militar. No meio das bandeiras na cor branca e vermelha estava a verde amarela em homenagem ao Brasil.
Os belgas aproveitaram a passagem por Barra do Bugres para fazer um tributo ao nosso país tocando e dançando a música “Pintinho Amarelinho”. Segundo Katrien, dois integrantes do grupo são professores de música folclórica para crianças, por isso incluíram em sua apresentação uma canção para os pequenos.
Troca de culturas
Para o coordenador do Projeto Doce Vida, Júlio Cesar Geraldo, esta troca de culturas e experiências dinheiro nenhum pode comprar e isso faz com que o país e as pessoas se tornem melhores. “Quando se conhece o outro conhecemos melhor a nós mesmos”, salienta Júlio.
Quando há música e dança envolvidas, a festa independe da idade e do idioma e todos se entendem perfeitamente. Adultos e crianças se juntaram no salão do Doce Vida para dançar música brasileira, belga e africana em uma grande confraternização entre as culturas. Maysa Moreira Xavier Meira, de 10 anos, era uma das estudantes fazia parte da plateia que acompanhava as apresentações. “Achei as danças muito animadas”. Já Matheus de Andrade Oliveira Ribeiro, 12 anos, aluno do projeto desde 2007, se misturou ao grupo e dançou até suar muito. Ele achou a dança dos dois países muito interessantes. “Gosto desta mistura de povos. Esta troca de experiências é muito interessante”.
Cultura na praça
E para quem quer conferir um pouco da cultura de africanos, belgas, grupos de siriri de Barra do Bugres e de Cáceres, além de artistas da região, na noite desta quinta-feira (18), a partir das 19 horas, eles estarão na Praça Ângelo Masson. Na praça os belgas estarão dançando com seus tradicionais sapatos de madeira.
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