Atividade marcou a tarde de vigília dos profissionais e alunos
Trabalhadores da educação participam de reunião na ALMT
A participação dos manifestantes em uma sessão ordinária da Casa de Leis pela manhã, durante a abertura da vigília organizada pelo Sintep/MT, possibilitou a presença da categoria na reunião. A intenção foi chamar a atenção do Poder Legislativo para a luta dos trabalhadores da educação, a fim de assegurar políticas públicas de qualidade. Implantação imediata do piso salarial de R$ 1.312,00, mais investimentos em Educação, pagamento de hora atividade para interinos, são algumas das reivindicações dos trabalhadores.
Durante a reunião, Gilmar Soares entregou ao presidente da Comissão de Educação, deputado Ezequiel Fonseca, diversas cartas e dossiês escritos por alunos das escolas estaduais Professora Nadir de Oliveira, Ana Maria do Couto e Estevão Alves Corrêa, da Grande Cuiabá, e de algumas escolas do interior do Estado, que denunciam as condições precárias em que se encontram as instituições de ensino.
O presidente do Sintep/MT avaliou com bons olhos a vigília realizada durante todo o dia de hoje, em frente à ALMT. “O nosso dia foi produtivo. Professores e alunos participaram de reuniões com deputados. Conseguimos trazer o debate para a ALMT e colocar nossas reivindicações, literalmente, em cima da mesa. O Estado de Mato Grosso não possui políticas públicas que garantam a formação integral, nem a profissionalização. Os governantes não podem dizer que nós, trabalhadores da educação, não alertamos sobre um problema central que está acabando com a educação. Estamos fazendo o nosso papel”, ressaltou.
Gilmar Soares acrescenta que a luta da categoria não acabou. “O Sintep/MT disponibiliza modelos de dossiê das escolas e de carta aos deputados para download. O objetivo é que a categoria baixe e imprima o material para o dia 12 de setembro, dia de paralisação e vigília na Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc/MT)”, frisa o presidente.
Falta de estrutura – O aluno do primeiro ano do ensino médio, da Escola Estadual Estevão Alves Corrêa, Matheus Abreu, conta que as obras de reforma da escola se arrastam há mais de um ano. “Viemos até a ALMT para cobrar dos governantes um posicionamento a respeito das obras de nossa escola. Ela está em reforma desde o ano passado, e por causa disso não estamos recebendo merenda, saímos mais cedo das aulas, e não temos nenhuma área de lazer”. Ele explica que salas de aula improvisadas, quentes e infestadas de mosquitos, tomaram o lugar da antiga quadra de esportes. “As aulas agora são de 30 minutos, já que os alunos precisam ser liberados para almoçar. Com esse tempo, o professor mal consegue fazer a chamada”, afirma o aluno.
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