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Cidades/Geral
Quarta - 17 de Agosto de 2011 às 10:07

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A expansão da logística intermodal de Mato Grosso foi detalhada nesta terça-feira (16) na Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-MT). Novas pavimentações, ampliação da malha ferroviária e instalação de outras opções para o escoamento da produção via hidrovias nortearam a palestra do secretário-extraordinário de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes, Francisco Vuolo. As informações são utilizadas como fonte de planejamento para as ações de fiscalização.

Vuolo reiterou a previsão de inauguração no mês de outubro do terminal ferroviário de Itiquira (359 Km ao Sul de Cuiabá), sendo que a interligação até Rondonópolis deverá estar concluída até o final de 2012. A estrutura de Rondonópolis será instalada em torno de cinco quilômetros distante do atual aeroporto para evitar que o transporte traga transtornos a população. “Queremos estar com o projeto concluído até o final do ano para o avanço dos trilhos até Cuiabá. Vários grupos internacionais já se mostraram interessados em executar esta obra”, pontuou o secretário.

Detalhando a dimensão de Mato Grosso, Vuolo ressaltou que o território do Estado é maior que outros países, sendo possível, por exemplo, abrigar uma França e meia. A comparação foi utilizada para apontar que não faltam áreas já abertas que poderão ser utilizadas para a agricultura. Pelos dados apresentados, toda a agricultura ocupa apenas 8% da área do Estado, sendo que a pecuária representa 26% da área, áreas indígenas e parques florestais, 14%, e 52% do território de Mato Grosso possui cobertura original.

“A tendência natural, já realizada nos Estados vizinhos e que ganha força em Mato Grosso, é integrar mais a lavoura com a pecuária. Podemos e deveremos dobrar a produção agrícola, e novas opções de escoamento são urgentes. Este aumento exige maior infraestrutura, sendo a indutora e catalisadora do desenvolvimento. Temos trabalhado muito para que junto com essa nova fase tenhamos mais e melhores condições de tornar o Estado cada vez mais competitivo com menores custos no frete”, explicou o secretário-extraordinário.

Diferenciando a capacidade de carga de cada modal, seis toneladas de grãos são carregadas por uma embarcação via hidrovia dividida em quatro chapas, estas resultam em 150 metros de comprimento. A mesma carga pode ser transportada em 86 vagões pela ferrovia que ocupam 1,7 km, ou então em 172 carretas bi-trem, que resultam em um comboio de 3,5 km. O preço de frete que influencia diretamente na competitividade está diretamente relacionado a esta capacidade de carga de cada modal.

Um novo marco regulatório já em vigor deve influenciar definitivamente para que a produção utilize a ferrovia como escoamento. O marco permite que o grande produtor possua vagão próprio e pague apenas pela taxa de custeio da utilização da ferrovia. Além da ligação pelo sul do Estado, uma nova linha deverá chegar a Mato Grosso pela região Leste, por meio do município de Cocalinho e Água Boa.

Aeroporto: O Aeroporto Internacional Marechal Rondon foi destacado durante a palestra na Sefaz. O projeto apresentado possui conclusão de obra prevista para o final de 2013. A unidade deverá receber um setor dedicado para os embarques e desembarques de vôos internacionais, e quanto a aviação doméstica, o setor de desembarque contará com quatro esteiras de bagagem.

Segundo o secretário Vuolo, o convênio firmado entre o Governo e a Infraero possibilitará ao Estado licitar a obra, tendo em vista que o interesse maior é de Mato Grosso nesta ampliação. Uma garantia sobre a qualidade da obra se dará devido ao projeto incluir fingers (túneis sanfonados para dar acesso à aeronave) no embarque e desembarque. Poucas empresas possuem autorização da Infraero para realizar esse tipo de empreendimento.

Hidrovia: A opção fluvial deve se tornar realidade em Mato Grosso. As hidrelétricas que estão sendo autorizadas já possuem a previsão de construção de eclusas. Segundo Vuolo, um porto deverá ser construído na região de Morrinho, próximo a Cáceres, ligando o município a Nova Palmeira. Quanto a hidrovia Teles Pires Tapajós, o estudo de viabilidade já está autorizado sendo que as obras necessárias deverão ser levantadas ainda este ano.

Participaram da palestra o secretário adjunto Executivo do Núcleo Fazendário, Benedito Nery Guarim Strobel; superintendentes, coordenadores e técnicos das áreas da Receita Pública e Gestão Fazendária.






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