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Variedades
Segunda - 15 de Agosto de 2011 às 08:58

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Enquanto algumas misses gastam muito dinheiro para tentar a sorte no campo da beleza, chegando até a se gastar o equivalente a um carro popular, a miss Rio Grande do Sul afirma que só gastou exatos 185 reais com toda a produção. "Toda a roupa foi emprestada. Minha mãe saiu pedindo ajuda e, graças a Deus, amigos me apoiaram. Só tenho a agradecer a todos que acreditaram no meu potencial", disse Juceila Bueno, ao receber a coroa de pedrarias que vale 100 mil reais.

Em segundo no Miss Mundo Brasil, realizado na noite deste sábado (13), ficou a miss Sergipe, surpresa da noite, e em terceiro lugar a miss São Paulo, que era apontada como uma das favoritas ao título.

O bangalô 806 estava encantado. Exatamente aquele que a reportagem do iG"invadiu" um dia antes para mostrar a bagunça dos bastidores dos quartos das candidatas. As três primeiras colocadas dormiam juntas ali, no quarto de número 806 do Hotel do Frade, em Angra dos Reis.

A miss Minas Gerais, Juliane Kesser, teve que desembolsar 19 mil reais para estar ali. Não fez feio, chegou entre as semifinalistas. Entre produção, maquiagem, cabelo, roupas e vestidos, sandálias, além do aluguel de um ônibus para levar sua torcida de Betim (MG) ao local da final, dava para comprar um carro popular usado. "Não faz mal não ter ganhado. Valeu a pena por ter feito tantas amizades", contou a mineira.

A produção de uma almejante a miss chega a ficar, em média em torno de 5 mil reais. É o que a maioria gasta com o sonho de ostentar a faixa. A miss Tocantins, por exemplo, tirou do bolso - dos pais - três mil reais. "Não fiquei chateada, porque percebi que o resultado foi honesto. Já teve concurso que fiquei em segundo e sai arrasada", relembrou a jovem.

Óleo na pista

Logo no começo da grande final, imprevisto para testar os nervos de aço das "donzelas". A passarela estava escorregadia, o que provocou três tombos. Dois para a miss Maranhão e um para a miss Sergipe, que mais tarde estaria entre as finalistas, surpreendendo até a ela mesma.

O episódio deu uma acordada no público, mas tirou a concentração das modelos. Um mutirão entrou em cena para tentar limpar a passarela montada no Hotel do Frade. Após as vassouras e panos de chão, hora de retornar os passos sincronizados dos saltos-altos.

Com 58kg e 1,78m de altura, a miss Rio Grande do Sul já era apontada internamente como uma franca favorita. Apesar disso, a miss Ilha dos Lobos (SC) foi eleita pela imprensa como possível candidata à coroa e faixa de 2011. No fim, decepção para a catarinense, que não aguentou e desabou em lágrimas na escada, ainda no backstage no evento. "Ainda assim estou feliz pelas amigas que venceram", conformou-se a jovem, que não sabe ainda se volta às passarelas.

Fogueira das vaidades

Toda miss cuida extremamente da beleza, certo? Não é o caso de Juceila Bueno. Deixar as unhas por fazer. Essa foi a superstição da miss Rio Grande do Sul. "Sabe que não tinha reparado nisso? É que não deu tempo mesmo. Mas vou repetir nos próximos concursos", brincou a gaúcha de Vera Cruz, cidade a 170 km de Porto Alegre.

De biquíni foi possível perceber que as misses não estão à parte do mundo das celulites, que tanto perturba e tira o sono de todas as pobres mortais. De vestido de gala, algumas se esforçaram para manter o equilíbrio com os longos. Tropeços não se repetiram. A festa, apresentada pela jornalista Cris Barth, teve figurinos de Elaine Henrique.

Quem não tropeçou na passarela, escorregando no chão úmido, não conseguiu se esquivar de outros tropeços. O das palavras.

Um ponto alto da noite foi o esperado - e temido - momento em que as cinco finalistas foram sabatinadas, após sorteio, por jornalistas convidados. Perguntas apenas de conhecimentos gerais e atualidades.

Um repórter quis saber a opinião delas a respeito da violência urbana em Londres atualmente, palco do próximo Miss Mundo. "Não sei, não posso tomar partido dos rebeldes ou da polícia", esquivou-se a miss Rio Grande do Norte, a visivelmente menos preparada para o questionário verbal. Sobre legalização de drogas, a miss São Paulo disse ser contra. "Porque uma miss preza pela vida e pela saúde", pregou.

Elas também criticaram a homofobia. "É preciso ser uma pessoa humana", disse a miss Rio Grande do Sul. Até na crise econômica dos Estados Unidos elas tiveram que meter o salto alto. "Indiretamente não deve afetar o Brasil, este é o país do futuro, não é mesmo?", tentava convencer a miss Rio Grande do Norte.

O mundo lá de fora, de vez em quando, também quer chamá-las para a realidade. As habituais respostas envolvendo a "paz mundial" são coisa do passado.





Fonte: Do IG

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