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Nacional
Segunda - 15 de Agosto de 2011 às 03:29
Por: Fabina Reis

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Melhora na renda, barateamento das passagens aéreas e desvalorização do dólar estão fazendo com que os brasileiros tenham mais interesse em viajar, tanto em território nacional quanto para fora do país. Sondagem do Consumidor, realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) a pedido do Ministério do Turismo mostra que a intenção de viajar nos próximos 4 meses cresceu 37%. Entre os mato-grossenses esta realidade não é diferente e segundo agentes de viagens, as pessoas estão viajando cada vez mais.

Segundo o levantamento, em julho de 2010, do total de entrevistados 25% disseram que pretendiam viajar até dezembro. No mesmo mês deste ano, o índice subiu para 34,4%. Ainda segundo o estudo, o destino preferido é o Nordeste, com 49,5% da preferência dos brasileiros, e o meio de transporte citado é o avião, com 61%. Vitor Galesso, economista, afirma que o ganho de renda dos trabalhadores é um dos fatores para o crescimento do turismo nos últimos anos.

"Com um pouco mais de dinheiro a pessoa comprou um carro e viajou com a família nas férias. Com o passar do tempo e mais estabilidade esta mesma pessoa opta pelo avião e os destinos também mudam", afirma ao comentar que as formas de pagamento oferecidas pelas agências também contribuem para este movimento. Em muitas, existe a possibilidade de parcelar a viagem em 10 vezes, sem contar as ofertas para baixa temporada.

A agente de viagens da Araraúna Turismo, Valéria Yasoyama, explica que na baixa temporada, hotéis e companhias aéreas fazem promoções para manter o turismo aquecido. Segundo ela, a preferência dos mato-grossenses é por praia, sendo os estados do Nordeste os mais procurados, e também Caldas Novas (GO). "São muitas oportunidades e as pessoas aproveitam as promoções", diz ao complementar que as viagens para fora do país também estão sendo bastante comuns. Valéria explica que a cotação do dólar em baixa favorece esse movimento, já que há o barateamento do turismo no exterior. Segundo ela, entre os mais procurados estão Espanha, tour por várias cidades da Europa e Estados Unidos.

Sobre os destinos, a pesquisa da FGV aponta que o desejo da maioria dos entrevistados (66,2%) é passear por destinos nacionais, ficando os estados do Nordeste, em primeiro lugar, e os do Sudeste, em segundo. A maioria (62%) informou se hospedar em hotéis e pousadas e o restante na casa de parentes e amigos.


Classe C consome turismo - Outro levantamento, também feito pela FGV mostra que a nova classe C é a aposta para o crescimento do turismo nacional. A população desta faixa de renda está estimada em 92 milhões. Segundo a pesquisa, em uma década, a renda dos mais ricos cresceu 10% e a dos mais pobres subiu 68%.

Outro fator importante é o preço das passagens aéreas que está reduzindo, motivado pela competição entre as empresas. Para se ter uma noção da variação, em janeiro de 2011, o valor médio pago por um voo realizado no Brasil foi de R$ 259,94, segunda menor tarifa registrada para um mês de janeiro desde 2002, quando a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) começou a realizar o levantamento de preços. Em abril de 2011, o custo médio foi de R$ 262,87.

E esse barateamento reflete no movimento dos aeroportos. No Marechal Rondon, em Várzea Grande, por exemplo, o fluxo de pessoas nos primeiros 7 meses deste ano somou 1,449 milhão, um recorde. Em julho foram 249,053 mil embarques e desembarques, maior número registrado este ano.

Oiran Gutierrez, presidente do Sindicato das Empresas de Turismo de Mato Grosso (Sindetur/MT), e empresário do setor, avalia que o segmento de aviação está crescendo em média 23% ao ano, beneficiando toda a cadeia. "A economia mato-grossense é pujante e temos perspectivas de crescimento para o futuro. As ofertas de passagens e facilidade no pagamento de pacotes turísticos estimulam os turistas".

Na avaliação do presidente do Fórum dos Empresários do Turismo de Cuiabá, Jaime Okamura, ainda haverá uma maior popularização do turismo entre os mato-grossenses e novos destinos serão "descobertos" por eles. "Ainda não há a cultura do ecoturismo, de contemplação da natureza e os mato-grossenses buscam muito as praias e o Nordeste. Isso deve mudar com o passar do tempo".





Fonte: Do GD

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