Taxa "prime" será média dos juros cobrados para empresas de baixo risco
BC vai passar a divulgar taxa de juros preferencial brasileira
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta sexta-feira (12) que a instituição passará a divulgar, a partir de setembro, a taxa preferencial brasileira, que será uma média dos juros cobrados em empréstimos feitos para empresas de grande porte consideradas "prime", ou seja, com baixo risco de não pagamento.
O objetivo, diz Tombini, é permitir a comparação do custo do empréstimo para esse público diferenciado com o de outros países e, assim, estimular a concorrência entre os bancos.
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"Será uma média de juros das operações pactuadas das instituições financeiras e clientes de grande porte, considerados de baixo risco de crédito. Essa informação passará a ser divulgada e permitirá uma melhor comparação do custo do dinheiro do país em relação a outros países que têm a taxa prime", afirmou.
Na prática, segundo o BC, a taxa "prime" brasileira representará um patamar de juros mais baratos do mercado brasileiro, cobrado pelos bancos ao primeiro nível de clientes e grandes bancos de grande porte considerados os melhores pagadores do mercado.
Ainda de acordo com o BC, a taxa prime será anunciada em setembro no Relatório de Estabilidade Financeira, relatório do BC divulgado de seis em seis meses.
A expectativa do BC, no entanto, é de que a taxa prime seja divulgada mensalmente. Mais detalhes, no entanto, serão anunciados apenas no relatório de setembro, informou a assessoria de imprensa do BC.
"A criação dessa referência, desse benchmark a ser desenvolvida e divulgada nos próximos meses, permitirá que as demais taxas ativas do sistema possam ser comparadas com essa taxa, seja uma taxa de referência para outras taxas que prevalecem no mercado de crédito. Com isso esperamos também, com essa maior transparência e aumento da qualidade da informação, fomentar a concorrência no sistema bancário", explicou Tombini.
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