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Sexta - 12 de Agosto de 2011 às 15:45

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O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, disse nesta sexta-feira que o assassinato da juíza fluminense Patrícia Lourival Acioli "foi uma barbaridade contra um ser humano e, sobretudo, contra a Justiça brasileira e o Estado de direito".

Cavalcante pediu ainda que se esclareça a retirada da escolta da juíza, que já recebera ameaças de morte antes do crime.

A seccional do Rio da OAB divulgou nota na qual "manifesta sua mais completa indignação".

"Responsável pela prisão e condenação de vários integrantes das chamadas milícias e de grupos de extermínio, Patrícia pagou com a vida seu compromisso com a Justiça", diz a nota.

A OAB-RJ pede "prioridade absoluta ao desmantelamento completo das milícias, verdadeiras máfias que, na área da segurança pública, representam a maior ameaça à construção de uma sociedade democrática e do Estado de Direito".

Acioli foi morta às 23h45 de quinta-feira (11) quando chegava em sua casa, em Niterói (região metropolitana) após uma seção no fórum de São Gonçalo. A perícia constatou que ao menos 15 tiros atingiram o veículo. O total de tiros disparados, no entanto, ainda não foi determinado.

Segundo a polícia, as imagens flagraram o momento em que os criminosos fugiam após o crime. Testemunhas afirmaram que eles estavam em dois carros e duas motos, mas o número de criminosos que participaram da ação ainda é desconhecido.

  Osvaldo Praddo/Ag. O Dia  
Juíza de 47 anos é assassinada a tiros em frente a sua casa em Niterói, na região metropolitana do Rio
Juíza de 47 anos é assassinada a tiros em frente a sua casa em Niterói, na região metropolitana do Rio

PROTEÇÃO

Segundo a Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) a juíza integrava uma "lista negra" com o nome 12 pessoas que estavam marcadas pelo para morrer. A lista foi encontrada com um suposto traficante preso no Espírito Santo.

De acordo com a entidade, Patrícia é "mártir da magistratura no combate ao crime organizado". A nota ainda diz que o carro da juíza já havia sido metralhado anteriormente e "mesmo assim não tinha qualquer segurança a sua disposição".

Já o presidente da Associação dos Magistrados do Rio, Antônio Siqueira, disse que a juíza Patrícia Lourival Acioli dispensou a segurança oferecida pelo Tribunal de Justiça.

Siqueira falou a jornalistas na cerimônia de troca de comando da Força de Pacificação do complexo de favelas do Alemão, na zona norte do Rio, onde conversou com o governador Sérgio Cabral (PMDB).

De acordo com o magistrado, Patrícia dispensou, em 2007, a segurança oferecida pelo tribunal aos juízes ameaçados. Ele disse que, na época, ela explicou que seu companheiro era policial e que ele se encarregaria de sua segurança. Para Siqueira, não houve falha do tribunal em fornecer proteção à magistrada.






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