Essa é a segunda vez que o empresário é preso. Uemura é acusado pelo Ministério Público de Mato Grosso de envolvimento em um esquema de golpe financeiro, através de "empresas laranjas", em outros estados e já foi preso durante a Operação Gafanhoto, deflagrada pelo Gaeco em 2009, por suspeita de formação de quadrilha, estelionato, tráfico de influência e extorsão. Segundo o MP, crimes semelhantes foram cometidos na cidade de Venda Nova do Imigrante.
Prisão
O procurador do Gaeco, Paulo Prado, disse que o empresário ofereceu resistência durante o cumprimento do mandado de prisão e foi localizado em um fundo falso de um armário da empresa dele, no bairro do Porto, na capital. O advogado Ricardo Monteiro disse ao G1 que o empresário foi encaminhado pelo Gaeco para a Polinter, na Central de Flagrantes, no centro da capital.
Prado explicou que homens da polícia militar que auxiliaram o Gaeco fizeram uma operação sigilosa, que começou na última segunda-feira (8) e terminou com a prisão dele nesta tarde. No momento da operação, dois funcionários, um gerente e um chefe de segurança, que tentaram impedir a ação dos policiais, também foram presos junto com Uemura. Os dois colaboradores foram presos por desobediência, desacato à autoridade e resistência à prisão.
O chefe do Gaeco explicou que a prisão dele foi necessária para evitar que ele fugisse. “Uma operação cuidadosa foi realizada para evitar que ele deixasse o país”, comentou.
De acordo com o Ministério Público, a prisão foi decretada pelo juízo criminal da comarca de Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo, que encaminhou uma solicitação de cumprimento ao juízo da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, no mês de maio, mas só foi cumprido nesta quinta. Uemura, que está preso em Cuiabá, deve ser transferido na sexta-feira (12) para Comarca de Venda Nova do Imigrante.
Conforme a denúncia, Uemura teria praticado diversos golpes em empresários e produtores rurais do Espírito Santo, acarretando um prejuízo em torno de R$ 2 milhões.
A ação, do Ministério Público do estado do Espirito Santo, foi um desdobramento da operação Gafanhoto, deflagrada em Cuiabá. Segundo o promotor Sérgio Silva da Costa, o processo está em análise do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que deverá decidir se dá prosseguimento a ação ou se desmembra por haver um suposto envolvimento de um deputado estadual.
Para o advogado, a ação é equivocada pelo fato do cliente dele responder a dois processos pelos mesmos crimes. "Ele não pode responder novamente em uma outra ação pelas mesmas práticas que responde em um processo em Cuiabá", destacou. Ele alega que houve equívoco processual no caso e garante que vai recorrer da decisão.
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