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Sexta - 12 de Agosto de 2011 às 03:32
Por: MARIANNA PERES

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A nova safra de soja, em Mato Grosso, demandará mais investimentos do produtor mato-grossense, apesar de a taxa de câmbio – até julho quando o estudo foi realizado – estar abaixo da média utilizada na safra passada (10/11). Esse aumento é estimado devido à evolução dos preços da semente da soja e dos fertilizantes de maior necessidade, os macronutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio - NPK).

Conforme a primeira sondagem sobre custo de produção elaborada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a safra 11/12 poderá ficar até 12,3% acima do registrado na temporada passada. Neste primeiro levantamento, divulgado no início da semana, o Imea considerou taxa média de R$ 1,57, ante a média de R$ 1,72 quando foi feita a última sondagem da safra 10/11, em setembro de 2010.

O incremento em comparação à temporada anterior que é fato - e pode ser visto em todas as cinco regiões de plantio do Estado avaliadas pelo órgão - pode ficar ainda maior na medida em que a taxa de câmbio encarecer, movimento que vem sendo registrado desde o último dia 5 e coloca o segmento em alerta, já que por mais uma temporada o dólar ensaia alta justamente no momento da formação dos custos e aquisição de insumos. O plantio da nova safra estará liberado a partir de 16 de setembro, após o fim do período proibitivo à soja, o chamado Vazio Sanitário que vigora desde 15 de junho e finda em 15 do mês que vem.

“A alta diminui o poder de compra do produtor. Se o aumento mantiver o mesmo crescimento do ano passado, entre julho e o início da colheita, que na época aumentou 10%, nesta safra 2011/12 será possível os valores ultrapassarem os R$ 900 por hectare”, apenas considerando os desembolsos relativos à aquisição de sementes, fertilizantes e defensivos, como observa o Imea. (Veja quadro)

Na comparação entre os dados com base em setembro do ano passado – referentes à safra 10/11 – e os lançados recentemente – base em junho deste ano – a maior variação percentual em relação apenas à aquisição dos insumos está em Sapezal (470 quilômetros ao nordeste de Cuiabá), cujo custo por hectare plantado passou de R$ 795,33 para R$ 880,58, incremento anual de 10,71%. Já avaliando o custo total de produção que além dos insumos incluiu outros itens como mão-de-obra, impostos, depreciação de máquinas e terras, a maior alta, 9,80%, está prevista para Sorriso (460 quilômetros ao norte de Cuiabá), onde o investimento por hectare passa de R$ 1.503 para R$ 1.651. Sorriso é utilizado como referência porque é o município que destina a maior porção de terra à sojicultura no mundo: 600 mil hectares.

ESTIMATIVAS – Na próxima safra, em reais, o menor custo de produção com insumos, estará em Sorriso, R$ 847,91 e o menor em custo total em Diamantino, R$ 1.599. Já a compra básica mais cara se dará em Sapezal, R$ 880,58 e total mais caro em Campo Verde, R$ 1.724.

Conforme o Imea, o custo com insumos em Campo Verde (139 quilômetros ao sudeste de Cuiabá), passará de R$ 854,39 para R$ 887,48, ou 3,87% maior. O custo total tem alta de 6,74%, ao passar de R$ 1.615 para R$ 1.724. Para todas as regiões de referência o Imea estimou produtividade de 52 sacas por hectare. Especialmente em Campo Verde e em Canarana (823 quilômetros a leste de Cuiabá), a projeção se deu com base na utilização de soja transgênica.

Em Canarana, a majoração entre uma safra e outra é estimada em 5,75% para insumos e de 6,70% para custo total. O primeiro passa de R$ 813,91 para R$ 860,77 e o segundo de R$ 1.551 para R$ 1.655.

Para Diamantino (201 quilômetros ao norte de Cuiabá), a estimativa aponta altas de 7,24% para o custo com insumos que passa de R$ 806,37 para R$ 866,27 e de 7,53% para o custo total que chega a R$ 1.599 ante R$ 1.487. Em Sapezal, o custo com insumos passará de R$ 795,33 para R$ 880,58, alta de 10,71% e no custo total de R$ 1.575 para R$ 1.698, variação positiva de 7,80%. E fechando o levantamento do Imea está Sorriso cujos insumos ficarão 10,62% mais caros, já que a estimativa aponta para uma elevação do hectare de R$ 766,47 para R$ 847,91 e do custo total de R$ 1.503 para R$ 1.651, 9,84% acima do registrado no ciclo anterior.




Fonte: Do DC

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