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Quinta - 03 de Outubro de 2013 às 08:01
Por: YURI RAMIRES

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Entidades do setor imobiliário de Cuiabá acusam a CAB Cuiabá de dificultar o processo de entrega e construção de conjuntos habitacionais. A falta de investimento em infraestrutura para ampliação das redes de abastecimento de água está sendo um problema em diversos empreendimentos, como por exemplo, nas residências do programa “Minha Casa, Minha Vida”, que estão prontas, mas sem os serviços da concessionária. 

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de Mato Grosso (Creci-MT), Ruy Pinheiro, o impasse com a CAB está atrasando o desenvolvimento da cidade. Ele e empresários do setor de construção civil se reuniram ontem para discutir a questão. 

Ele conta que a concessionária pede que as empreiteiras apresentem um projeto com a estrutura de água e esgoto. “Não cabe a nós fazer o trabalho da CAB”, ressaltou o presidente. 

Ruy explica que caso as empreiteiras fossem responsáveis pela construção de ligações de abastecimento, só na região do Tijucal seriam gastos R$600 milhões na reforma e ampliação. 

Julio Braz, do Sindicato das Indústrias da Construção de Mato Grosso (Sinduscon/MT), lembra que ao todo 10 mil residências, referentes ao programa “Minha Casa, Minha Vida”, ainda não foram entregues, pois estão sem os serviços prestados pela CAB. 

Diante da situação, famílias estão se sentindo lesadas pela demora da entrega das casas e estão procurando a Justiça para resolver a situação. “As famílias querem o local e os empresários que serão responsabilizados, não a concessionária de água e esgoto”, conta. 

Os empresários alegam que a política da CAB não favorece os investimentos e obras já realizados anteriormente, como o projeto das moradias, que foram aprovados na época da Sanecap, tornaram-se inviáveis. “Precisamos que os investimentos feitos antes da CAB sejam tratados, pois precisamos da água e esgoto para produzir”, conta Julio. 

Os empreiteiros pedem que o acordo que já havia sido firmado com a Sanecap, seja cumprido e comentam que a falta desse serviço seja resultado da redução da tarifa da água, feita no começo deste ano na Capital. 

“Andamos negociando e estamos muito pacientes. Até agora nada está sendo feito para mudar essa realidade, precisamos tomar uma atitude, nem que seja judicial”, finalizou Julio. 

CPI – O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, instaurada pela Câmara de Cuiabá, o vereador Renivaldo Nascimento (PTB), esteve na reunião e afirmou que a CAB foi um grande atraso para Cuiabá. 

“Tudo que começa mal-feito acaba com consequências drásticas”, disse o vereador, afirmando que os serviços públicos como abastecimento, capacitação, ligações prediais e lançamento ao meio ambiente, é dever da CAB.

OUTRO LADO – O diretor da CAB, Italo Joffily, esteve na reunião e deixou claro, que mesmo sem ter sido convidado, fez questão de comparecer e firmar o compromisso da empresa com a cidade. Ele argumentou que os empresários precisam aprender e se acostumar com os serviços de concessão, que crescem cada vez mais no país. 

A CAB informou que a análise de projetos da concessionária obedece à legislação vigente no país, onde cabe ao empreendedor do loteamento ou parcelamento urbano prever na concepção de seus projetos a infraestrutura necessária para habitação, no caso o esgotamento sanitário e o abastecimento de água potável. 





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