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Cidades/Geral
Quarta - 10 de Agosto de 2011 às 20:16

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A Associação Mato-grossense dos Municípios está alertando os prefeitos para uma possível queda nas receitas municipais a partir de setembro, principalmente a proveniente do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. Caso a crise mundial se consolide, e mesmo que a economia brasileira resista a seus impactos, Mato Grosso certamente será abalado. Esse é o principal teor de uma nota técnica elaborada pela coordenadoria técnica da AMM para esclarecer os gestores sobre os reflexos da crise no estado.

A conclusão do estudo revela que mesmo que os fundamentos econômicos do Brasil façam com que o país não sofra muito com essa possível futura crise, Mato Grosso não ficará imune devido à característica primário exportadora da sua economia. Por ser muito dependente do comércio exterior, o estado deve ter uma queda em sua dinâmica de exportações, se países consumidores como os Estados Unidos e China tiverem abalo em suas economias, o que provocaria um efeito dominó em toda a cadeia de produção no estado.

A recente crise econômica foi deflagrada nos Estados Unidos, em função de uma agência de avaliação de riscos (Standard & Poor) ter rebaixado a classificação de “bom pagador” dos EUA, de AAA para AA+. Pela primeira vez na história, a agência classificou a dívida dos Estados Unidos abaixo do nível máximo.

A AMM avalia que os efeitos desse rebaixamento podem vir de diversas formas e são imprevisíveis, mas já têm provocado forte oscilação nas bolsas de valores, fruto de uma migração dos investimentos e especulações financeiras do mercado de capital, para títulos da dívida pública americana. Se tal tendência de queda nas bolsas de valores continuar, o mundo pode, em curto prazo, sofrer com uma forte crise econômica.

Por outro lado, com o enfraquecimento do mercado de capitais, a renegociação da dívida de Mato Grosso com o governo federal pode ganhar contornos positivos, já que a ideia de “vender” a dívida do Estado com a União para organismos privados, fica mais atrativa para o investidor ou mesmo para o especulador, que observa nesses ativos um porto seguro para seu dinheiro.

Segundo a AMM, a migração das bolsas de valores para títulos públicos americanos tem seu limite de expansão, ou seja, os investidores precisam de alternativas, buscando outros títulos públicos, como é o caso do montante da dívida de Mato Grosso. Nesse novo cenário, o próprio governo brasileiro deve facilitar as negociações entre governo de Mato Grosso e bancos privados.






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