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Internacional
Quarta - 10 de Agosto de 2011 às 19:48

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O navio MV Rak, que afundou em 04 de agosto no caminho de um porto de Gujarat, Indonésia, começou a derramar óleo atingindo a praia Juhu no último domingo (7). Assim, os piores temores dos ambientalistas se tornaram realidade.

Arup Patnaik Comissário de Polícia de Mumbai, Índia, visitou a praia Juhu para verificar o vazamento de óleo do navio MV Rak Carrier, afundado na última semana. "Eu apelo ao povo para não ir à praia ou entrar nas águas do mar para evitar ser afetados pelo derramamento de óleo", disse Patnaik.

O comissário anunciou que solicitará às equipes da marinha e do departamento de saúde uma análise da situação nas praias de Mumbai, para que seja possível tomar uma decisão em relação à presença do público.

"Eu não sou um perito neste campo e, portanto, não posso avaliar a gravidade do efeito do derramamento. Tenho, no entanto, que pedir para haver mais policiamento nas praias, especialmente Juhu", disse ele.

O oficial da Marinha disse que foi constatado que o petróleo do navio afundado está vazando a uma taxa aproximada de 1,5 a duas toneladas por hora. Para neutralizar o derramamento a Guarda Costeira lançou uma operação usando dispersantes químicos que se ligam ao óleo evitando sua propagação.

De acordo com Patnaik, no domingo (7) foi detectada a propagação do óleo derramado a sete milhas náuticas do navio afundado.

Mesmo com os trabalhos feitos, as autoridades costeiras foram aconselhadas a manter vigilância rigorosa. "As autoridades do Estado também foram aconselhadas a dirigir os pescadores que se abstenham de pescar nas proximidades da área afetada", disse um oficial.

Ambientalistas dizem que agora o óleo se espalhou para além de Mumbai, para o distrito de Raigad. Porém, o Ministro do Meio Ambiente, Jayanthi Natarajan, diz que o derrame é insignificante e que não há nenhuma ameaça à costa de Mumbai. Mesmo assim, ambientalistas dizem que se o derramamento de óleo entrar no riacho, ele irá afetar o ecossistema do manguezal.

É muito perto da costa e não há muita distância separando o óleo das praias e manguezais. “Esta é a época de reprodução, este é o momento mais vulnerável do ano", disse o ambientalista Debi Goenka. “Quando há derrame de petróleo, ele entra na cadeia alimentar. As algas absorvem o óleo, o que pode afetar a ecologia marinha inteira", explicou Swapna Prabhu, da Sociedade de História Natural de Bombaim.






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