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Quarta - 10 de Agosto de 2011 às 17:57
Por: KATIANA PEREIRA

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MidiaNews/Reprodução
Delegado Borges e o secretário Curado: provas sobre a morte do prefeito Valdemir
Delegado Borges e o secretário Curado: provas sobre a morte do prefeito Valdemir

A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso esta à procura do advogado e ex-procurador da Prefeitura de Novo Santo Antônio (1.200 km de Cuiabá), Acácio Alves Souza. Ele é suspeito de ser mandante do assassinato do ex-prefeito, Valdemir Antônio da Silval (PMDB), o "Quatro Olhos", executado com três tiros no dia 23 de julho.

O advogado teve a prisão temporária decreta no dia 6 de agosto. Acácio chegou a ligar para na delegacia de Polícia Civil local e anunciar que iria comparecer para prestar depoimento, fato que não aconteceu.

A participação do advogado na morte do prefeito Valdemir foi revelada durante entrevista coletiva da cúpula da Polícia Civil, nesta quarta-feira (10). As informações foram divulgadas pelos delegados responsáveis pelas investigações, Ronan Gomes Vilar e Wilinei Santana Borges.

Segundo Borges, a Polícia constatou que os assassinos do prefeito, Luciano e Magrão, presos nesta semana, tinham ligações intimas com o advogado. O trio esteve em contato por, diversas vezes, antes e após a data da morte do prefeito.

O delegado disse que a morte pode ter sido motivada por briga política, e descreveu quea a cidade de Novo Santo Antonio vive "um clima político extremamente tenso". "O Acácio trabalhou dois anos com o prefeito, foi procurador e, quando foi demitido, criou-se uma inimizade entre os dois, que eram desafetos políticos declarados. O envolvimento dele com os executores do prefeito Valdemir o coloca na lista dos principais mandantes do assassinato", informou Borges.

Segundo a polícia, o advogado já teria levado os matadores em sua caminhonete. Testemunhas revelaram, em depoimentos, que já viram o advogado na residência de Luciano. Magrão e Luciano já teriam, inclusive, participado de uma pescaria, num fim de semana, em uma chácara de Acácio.

Luciano e Magrão se hospedaram em uma casa de uma tia do primeiro, em Novo Santo Antonio. A viagem teria sido na véspera do prefeito ser morto. Os dois saíram às pressas e esqueceram uma mochila, que foi resgatada por um motorista que dirigia a caminhonete de Acácio.

Existe ainda a situação do advogado ter prometido um pagamento no valor de R$ 15 mil para Magrão e Luciano. O dinheiro seria depositado na conta de um parente deste último.

A morte do prefeito

A Polícia Civil prendeu Luciano Vieira, 31, preso no domingo (7), em Bom Jesus do Araguaia (983 km ao Nordeste de Cuiabá). Ele informou ter sido convidado por Alexandre Silveira Barbosa, 35, o Magrão, para executar o prefeito Valdemir Antônio da Silval, em função de uma rixa entre o comparsa e Quatro Olhos.

Conforme MidiaNews revelou, Valdemir Antonio da Silva, que tinha 54 anos,foi assassinado na noite de sábado (23 de julho), por volta de 21h, com dois tiros disparados à queima-roupa.

O político foi executado dentro da sua residência, na frente dos seus filhos. Dos seis tiros disparados pelo assassino, dois atingiram o prefeito; um deles foi fatal e atingiu diretamente seu coração e saiu pelas costas.

Para a Polícia, tratava-se de uma "morte anunciada". Durante as festividades do padroeiro da cidade, Santo Antonio, no inicio de junho, Valdemir Silva usou os microfones oficiais da festa, diante de um público estimado em mais de mil pessoas, para alertar que estava sendo ameaçado de morte. Ele, no entanto, não citou nomes dos possíveis mandantes do crime.

De acordo as informações, Valdemir passou todo o dia no Distrito de Barreira Amarela (a 28 km da sede do município), mas que pertence à cidade de Ribeirão Cascalheira. Ele participava de uma festa do padroeiro da localidade.

O prefeito chegou em casa, em Novo Santo Antonio, na companhia de dois dos seus filhos menores, entrou na cozinha dos fundos e deixou a porta de entrada da sala aberta. Em seguida, foi surpreendido por dois homens armados, que invadiram a casa e atiraram no político, que não teve chances de reação.

Existe a possibilidade de os pistoleiros terem seguido o prefeito durante o dia e já estarem à sua espera, nas imediações da sua residência.






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