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Internacional
Domingo - 07 de Agosto de 2011 às 18:35

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Combates eclodiram neste domingo em Mogadício entre tropas do governo e insurgentes Al Shabab, um dia depois de os rebeldes dizerem que estão saindo da capital somali e de o governo declarar ter controlado a maior parte da cidade, segundo moradores e autoridades.

Um porta-voz da força de manutenção de paz da União Africana disse que os combatentes Al Shabab atacaram um bairro na noite de sábado, mas que a maior parte da cidade está controlada.

Depois que Al Shabab iniciou sua retirada, o presidente Sharif Ahmed disse que suas tropas haviam derrotado os rebeldes que queriam derrubar seu governo, que é apoiado pelo ocidente.

A Al Shabab, cujo bastião fica no sul do anárquico país, negou, dizendo que iria se reagrupar e continuar a luta.

A Somália está sem um governo central de fato desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre há 20 anos, e agora está sofrendo com a fome provocada pela pior seca em décadas. A paz continua sendo um projeto distante.

"Na noite passada Al Shabab disparou morteiros e nos atacou. Eles não eram muito fortes, nós os caçamos imediatamente," disse o porta-voz da força de paz, capitão Ndayiragije Come, à agência Reuters.

"As forças do governo e da força de paz agora controlam 90% da capital. Estamos muito seguros de que iremos expulsar os poucos elementos da Al Shabab que permanecem em algumas partes da capital."

Moradores disseram que os conflitos continuavam no domingo e que em algumas regiões os combatentes da Al Shabab levavam vantagem.

"Agora há combates perto do estádio de futebol. Milícias organizadas e remanescentes da Al Shabab expulsaram as tropas do governo que avançavam," disse o morador Somow Ali à Reuters por telefone.

O enviado especial da ONU para a Somália, Augustine Mahiga, disse que a Al Shabab permanecia uma ameaça, apesar da retirada, e que a prioridade agora seria entregar alimentos em um país devastado pela fome em algumas regiões do sul.

"A prioridade imediata deve ser agora centralizar os esforços na situação humanitária e eu peço que todas as partes façam todo o possível para garantir e facilitar a entrega imediata de ajuda aos mais necessitados," disse.

A saída da Al Shabab da capital, se confirmada, pode significar uma mudança de tática de combate militar contra o governo e as tropas da força de paz.






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