Sindicato das companhias aéreas apresenta proposta para modificar cronograma de fechamento do Afonso Pena. Objetivo é minimizar prejuízos
Obra põe 90 mil reservas em perigo
As duas maiores companhias aéreas do país – TAM e Gol – já têm 90 mil reservas de passagens para o período em que o Aeroporto Internacional Afonso Pena ficará fechado para obras, a partir do dia 12 de setembro. A informação é do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), que afirma ter entregado uma contraproposta à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para rever os dias e horários de fechamento. O objetivo é o minimizar possíveis prejuízos aos passageiros e às empresas.
Pela programação da Infraero, o terminal terá pousos e decolagens interrompidos das 23h30 às 6 horas, de segunda a quinta-feira, e das 14 horas de sábado às 12 horas de domingo por nove meses, o que corresponde a 48 horas semanais, período no qual operam 118 voos. O pedido das companhias encaminhado pelo Snea ontem propõe que as obras sejam realizadas da 0h30 às 6 horas, de segunda-feira a sábado, e das 21 horas de sábado às 8 horas de domingo, em um total de 44 horas semanais. A reportagem tentou contato com a Infraero para repercutir a proposta, mas por causa do fim do expediente comercial não obteve êxito.
Para o comandante Ronaldo Jenkins, diretor técnico do Snea, essa mudança causaria menos impacto às empresas e aos passageiros. “Com essas 44 horas de trabalho semanal, o impacto é pequeno, o remanejamento é pequeno, fica mais administrável. O que também seria interessante para o aeroporto, já que quando o voo não opera, não se arrecada”, explica.
Segundo Jenkins, mesmo que a diminuição de quatro horas semanais implique em um aumento no tempo da obra, de nove para dez meses, por exemplo, seria mais fácil resolver o impasse. Caso a Infraero recuse a proposta, o diretor técnico admite que as empresas não podem impedir o fechamento. “Só nos resta cumprir”, diz.
Agentes de viagem
Na tentativa de minimizar o impacto das obras no aeroporto, a diretoria da Associação Brasileira de Agências de Viagens no Paraná (Abav-PR) marcou uma reunião com o superintendente da Infraero no Paraná, Antônio Pallu, no próximo dia 10, para tentar encontrar alternativas que favoreçam as agências e os consumidores e que permitam também a realização das obras.
Para o presidente da Abav-PR, Celso Tesser, os agentes de viagens não estão sendo informados pelas companhias aéreas com antecedência sobre os voos que sofrerão cancelamentos. Com isso, não puderam prevenir os clientes.
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