"Hoje é o dia mais feliz da minha vida", revelou o garoto, que tem a Olimpíada de 2016 como meta
Rafael Uchona, de 19 anos, vence salto em altura do Troféu Brasil
Com a lesão de Jessé Farias, recordista brasileiro, a prova do salto em altura masculino tendia a ser de baixo nível técnico. Mas o garoto Rafael, de São José do Rio Preto, tratou de dar emoções à disputa. O jovem que chegou ao Troféu Brasil com 2,13 m como melhor marca da carreira bateu seu recorde pessoal ao passar o sarrafo a 2,14 m e seguiu confiante, superando 2,16 m e, depois, 2,18 m, logo na primeira tentativa. Não conseguiu superar os 2,20 m, mas ficou com o título. Guilherme Cobbo, do Pinheiros, não repetiu os 2,20 m do Campeonato Sul-Americano e ficou com a prata. Os dois ficaram longe do índice para o Mundial de Daegu, que é 2,28 m.
Após a vitória, Rafael chorou muito e atraiu a atenção de todo o Ibirapuera. Em sua primeira entrevista, mostrou personalidade, apesar da timidez. "Eu entrei na prova com o objetivo de melhorar minha marca, mas comecei saltar e já tive meu primeiro erro. Fiquei balançado, mas coloquei a cabeça em ordem. Quando melhorei a marca, pensei: ""acho que posso conseguir mais. Vou tentar, vou pra cima, e não vou baixar a cabeça"". Hoje é o dia mais feliz da minha vida", revelou o garoto, que tem a Olimpíada de 2016 como meta.
Recordes. A tarde de sábado teve ainda três recordes do torneio. Nos 5.000 m feminino, Simone Alves da Silva, da BM&F Bovespa, que havia batido o recorde brasileiro dos 10.000 m na quarta-feira, voltou a vencer, apesar do cansaço. Desta vez, porém, o recorde foi ""apenas"" o da competição. Ela completou a prova em 15min39s37, abaixo dos 15min18s85 que ela cravou em maio, na inauguração da pista nova do Ibirapuera, e que é o atual recorde brasileiro. Ela ficou a cerca de 24 segundos do índice para o Mundial, no qual disputará somente os 10.000 m.
No lançamento do disco masculino, Ronald Julião confirmou o favoritismo e levou o seu segundo ouro na competição - ele já havia sido campeão no arremesso de peso. O atleta da BM&F Bovespa melhorou seu próprio recorde, do ano passado. Foi de 60,62 m para 62,45 m. Ficou a 55 centímetros do índice para o Mundial. "Nos treinamentos, estava conseguindo resultados até bem melhores. Mas tudo bem, outros (Mundiais) virão", afirmou o atleta de 26 anos.
Nos 3.000 m com obstáculos feminino, a vitória foi de Sabine Letícia Heitling, da UNISC, com o tempo de 9min57s59, 33 segundos à frente da segunda colocada. A atleta de 24 anos superou o recorde do campeonato, que era de Zenaide Vieira. Na prova feminina do lançamento do dardo, o ouro foi para a cearense Laila Ferrer e Silva, atleta do Estrela de Guarulhos.
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