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Internacional
Sexta - 05 de Agosto de 2011 às 20:11

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Dois canadenses suspeitos de atividades terroristas cogitaram no ano 2000 atacar um avião que se dirigia à França, segundo a transcrição de uma conversa feita pelos serviços de inteligência canadenses e divulgada nesta sexta-feira pelo jornal La Presse. Os canadenses de origem marroquina Adil Charkaui, e sudanesa, Abusfian Abdelrazik, que pedem indenizações ao governo canadense por ter suspeitado que seriam terroristas, planejaram explodir um avião, provavelmente um voo da Air France entre Montreal e Paris, segundo este documento.

"Se partimos daqui para ir, por exemplo, à França. A viagem seria longa. Poderíamos nos registrar todos no mesmo dia e cada um embarcaria separadamente. Haveria dois na frente, dois em (inaudível, segundo a transcrição) e dois atrás. Seis no total", disse Charkaui a Abdelrazik, segundo a transcrição classificada como "secreta" e obtida pelo jornal. Charkaui era suspeito de ser um agente inativo da Al-Qaeda. Detido em maio de 2003, passou 21 meses na prisão em virtude de um "certificado de segurança", um polêmico dispositivo legal que permite deter sem julgamento e expulsar um estrangeiro que supostamente represente um risco para a segurança do Canadá.

Charkaui, que jamais foi acusado formalmente, exige uma indenização de 25 milhões de dólares. Abusfian Abdelrazik, por sua vez, é suspeito de ter recebido treinamento em um campo da Al-Qaeda nos anos 1990. Passou mais de um ano na prisão no Sudão e depois ficou bloqueado no país, porque seu nome foi incluído em uma lista da ONU de supostos terroristas.

O Canadá foi obrigado finalmente a repatriá-lo após uma decisão da justiça. Abdelrazik, de 49 anos, que realiza uma campanha para que seu nome seja retirado da lista da ONU, exige US$ 27 milhões em indenizações ao governo canadense. A divulgação deste documento secreto aos meios de comunicação "parece ser uma tentativa de sabotar os esforços de Abdelrazik para recuperar sua reputação diante das Nações Unidas", declarou à AFP seu advogado, Jalid Elgazzar.





Fonte: AFP

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