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Cidades/Geral
Sexta - 05 de Agosto de 2011 às 11:34
Por: Edivaldo de Sá

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O segundo secretário da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Arenápolis, vereador Antonio Cid Gomes Aragão (PP), o Toninho Serralheiro, exigiu na sessão ordinária realizada na noite desta quarta-feira (03), que o presidente do Poder Legislativo, vereador Ednilson Martins Barbosa (PPS), o Nino, que cumpra o regimento interno e declare extinto o mandato do colega primeiro secretário, vereador Emanuel Messias Santos.

O parlamentar municipal teria faltado a três sessões consecutivas sem justificar as ausências, o que de acordo com Toninho Serralheiro configura infração punível com a perda do mandato.

A cobrança do vereador progressista deu origem a um tumulto, gerando uma discussão entre os integrantes da mesa diretora.  Serralheiro denunciou que Emanuel Messias faltou várias vezes as sessões extraordinárias sem apresentar qualquer justificativa, contrariando dispositivo do regimento da casa de leis.

O pedido foi prontamente negado pelo presidente, que alegou ser necessário o cumprimento de legalidades, entre elas o direito a ampla defesa, além de reunião entre os integrantes da mesa diretora para discutir o assunto. Segundo ele, a decisão não pode ser tomada de afogadilho, sendo necessário embasar juridicamente para evitar injustiça ou decisões judiciais que comprometa o fato.

O vice-presidente, vereador Galdino Gomes de Paula (PDT) pediu questão de ordem, e na tribuna hipotecou o pedido de Serralheiro. Em tom de ameaça indagou o dirigente, afirmando que o mesmo estaria colocando brasa em suas próprias mãos e o próprio pescoço na guilhotina, se não tomasse a atitude reclamada.

Nino reafirmou seu posicionamento, o que deixou o vice-presidente ainda mais irritado, e este declarou o afastamento do presidente da casa, pedindo para que este se retirasse da sessão, e mais uma vez não foi atendido.

O vereador Cícero Francisco de Souza Neto (PP), também foi à tribuna para demonstrar seu descontentamento com o que ele classificou de abuso de autoridade cometido pelo chefe do legislativo, e se retirou da mesa em protesto, sentando no plenário junto com o público.

O vereador Leonildo Ferreira da Cruz (PMDB), o cabelo engrossou as reclamações e também reclamou da atitude do presidente que se mantinha irredutível. Ele fez um breve relato da situação e ao final disse que se um funcionário é obrigado a cumprir horário, os vereadores que se reúnem duas vezes por mês deveriam dar exemplo à sociedade, e não faltar às sessões.

Determinado a discutir a questão num outro momento, Ednilson Martins Barbosa, ignorou os apelos e deu prosseguimento a sessão abrindo espaço para a palavra livre, objetivando encerrar a conturbada sessão ordinária.

Visivelmente irritado, o vereador Emanuel Messias, foi à tribuna e anunciou que o comportamento dos vereadores de oposição é uma conhecida manobra utilizada as vésperas das eleições para provocar instabilidade e tirar proveito político, citando fatos criados nas vésperas da eleição dos presidentes Aroldo Soares de Oliveira (2009) e Leonidio da Cruz (2010). Disse não ter medo de ser crucificado, e pediu que deixassem o presidente da Casa de Leis trabalhar em paz e que fizessem o procedimento de forma correta.

"Estou sendo coagido, difamado e humilhado, mas darei a volta por cima. Venham quente que eu estou fervendo", desabafou.

"Podem me levar para cruz, podem me degolar, mas eu farei que isso no futuro se torne favorável a mim (sic)", emendou Emanuel Messias.

O vereador disse ainda que irá processar a Câmara Municipal por prejuízos políticos, alegando que esta sendo chantageado, coagido e humilhado. "Vou querer ser ressarcido financeiramente por essa instituição", ameaçou.

O experiente vereador Alzinio José de Campos pediu a palavra e tentou apaziguar os ânimos, pedindo que fossem respeitados os tramites legais, e colocou sobre suspeita o posicionamento dos vereadores Galdino e Serralheiro. Para ele os dois vereadores estariam impedidos por já terem se manifestado.  "Vamos fazer tudo dentro da legalidade, vamos reunir, cada um vai ter seu voto e seja o que Deus quiser". Alzinio de Campos foi mais incisivo e disse que a maneira como está se dando o processo revela uma atitude pequena dos colegas.

Mais comedida e muito objetiva, a vereadora petista Noêmia Maria de Souza, enalteceu a maturidade de Alzinio de Campos e foi enfática ao afirmar que por conta destas atitudes a Câmara Municipal eleva seu desgaste junto à população.

Ao final, o presidente da câmara convocou os demais integrantes da mesa diretora para uma reunião nos próximos dias, em que o assunto será tratado.






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