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Nacional
Sexta - 05 de Agosto de 2011 às 10:58

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Maringá - O número de novas empresas instaladas nos municípios paranaenses cresceu 6,1% no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período do ano passado – foram 25.811, segundo relatório da Junta Comercial do Paraná (Jucepar). Os números, no entanto, refletem um descompasso entre a abertura de novas empresas e de filiais de empreendimentos já existentes: houve apenas 2.794 novas filiais, queda de 7%. Para o presidente da Jucepar, Ardisson Naim Akel, os empresários adotaram uma posição estratégica, de aguardar a reforma tributária. “Em vez de abrir uma filial, as pessoas preferem criar outras empresas dentro do Simples ou de um modelo menos tributado”, explica.

Quando se considera o número de novas empresas e filiais, o crescimento no primeiro semestre foi de 4,7% – os 28.605 novos estabelecimentos representam cerca de 1,2 mil a mais que no mesmo período do ano passado.

No semestre, 8.825 empresas e filiais foram fechadas no estado, com alta de 6,9%, quantidade que não preocupa o presidente da Jucepar. “Acredito que é um índice que não chega a acender a luz vermelha. De qualquer forma, é um dado que precisa ser considerado”, declarou Akel.

Somente Curitiba responde por cerca de 30% dos empreendimentos criados no Paraná no semestre, com 8.683 empresas e filiais, aumento de 9,8%.

Situações opostas

No interior, Maringá só perdeu para Curitiba no volume de novas empresas e filiais: foram 2.055 no primeiro semestre de 2011 – crescimento de 4,6% em comparação ao mesmo período de 2010 –, enquanto 652 empresas fecharam. “Na região Noroes­te, 16% da população ganha acima de cinco salários mínimos. Em Maringá, esse índice é de 30%. As pessoas consomem mais”, diz o gerente regional do Sebrae, Luiz Carlos da Silva.

O setor de serviços atrai empreendedores como Edson Prado, ex-vendedor de bebidas que passou a coordenar uma lavadora de carros ecologicamente correta. “Apesar de ter público, Maringá ainda tem carência de prestação de serviços. Enxergamos isso como oportunidade de sair da informalidade”, diz Prado. Registrada no primeiro semestre deste ano, a empresa contratou quatro funcionários e atende a grandes empresas da cidade, que exigem nota fiscal.

Em Londrina, o clima é de preocupação. Foram criados 1.895 empreendimentos (2,9% a menos que no primeiro semestre de 2010) e 664 fecharam. Para muitos empresários, o número se deve à instabilidade política, à ausência de um Plano Diretor (que desde 2008 aguarda a votação de oito leis complementares) e às “Leis da Mura­lha”, que proíbem a construção de supermercados no centro.

Colaborou Amanda de Santa, do Jornal de Londrina






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