O comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, afirmou nesta sexta-feira que os acordos previstos para enfrentar a crise da dívida na zona do euro poderão ser aplicados em "semanas, não em meses", em uma tentativa de acalmar a tempestade que sacode os mercados. Segundo ele, os temores atuais não são justificados por fundamentos econômicos.
"Estou certo de que quando os investidores entederem todo o trabalho sendo feito, eles retomarão a segurança", afirmou Rehn, segundo a BBC News. As instituições europeias trabalham "dia e noite" para aplicar os acordos da reunião de cúpula de 21 de julho - na qual se acordou redobrar a ajuda à Grécia e o reforço do fundo de resgate para a Eurozona -, com o objetivo de finalizar em "semanas, não em meses", disse o comissário.
As bolsas de valores mundiais caíam pelo oitavo dia seguido nesta sexta-feira, ainda abatidas por preocupações sobre a saúde da economia e sobre um eventual contágio da crise de dívida europeia para Itália e Espanha. Os preços do petróleo e dos metais caíam, conforme os investidores buscavam ativos mais seguros. Os mercados aguardavam dados de emprego nos Estados Unidos, uma importante medida dos problemas da economia do país.
China e Japão pediram uma cooperação global e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, deve discutir a turbulência dos mercados com a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero. Na véspera, o Banco Central Europeu (BCE) decepcionou os mercados ao comprar bônus dos governos de Portugal e Irlanda, mas não de Itália e Espanha.
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