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Economia
Quinta - 04 de Agosto de 2011 às 20:28
Por: ÁLVARO CAMPOS

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Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte queda, pressionados pelos receios sobre a economia global e a alta do dólar. O contrato para setembro negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) perdeu US$ 5,30 (5,76%), a US$ 86,63 o barril, o menor nível desde 18 de fevereiro, quando a guerra civil na Líbia começou a se intensificar. Na plataforma ICE, o petróleo tipo Brent fechou em queda de US$ 5,98 (5,28%), a US$ 107,25 o barril.

 

O petróleo caiu na esteira do fortalecimento do dólar, que tem recuado desde que o Banco do Japão anunciou medidas para desvalorizar o iene. Um dólar mais forte prejudica o petróleo, que se torna mais caro para compradores que utilizam outras moedas. A retração se acentuou acompanhando o declínio nos mercados de ações. A queda de hoje apagou todos os ganhos do petróleo no ano, que começou 2011 pouco acima de US$ 90 o barril.

Hoje, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou que o número de trabalhadores que entrou pela primeira vez com pedidos de auxílio-desemprego na semana até 30 de julho caiu 1 mil, para 400 mil. Apesar de ter vindo melhor do que a expectativa dos analistas, que previam uma alta de 7 mil pedidos, o dado ressalta a fragilidade do mercado de trabalho no país. Os economistas geralmente acreditam que a economia está criando mais vagas do que fechando quando os pedidos de auxílio-desemprego ficam abaixo de 400 mil, o que não acontece desde o início de abril.

Os participantes do mercado do petróleo estão preocupados com a fragilidade econômica porque isso indica uma demanda menor pela commodity e seus derivados. A demanda por gasolina nos EUA geralmente sobe nesta época do ano, mas diversos relatórios têm sugerido que os motoristas não estão viajando tanto como normalmente fazem no verão (no Hemisfério Norte). "A demanda nos EUA tem sido morna, na melhor das hipóteses", afirma Andy Lebow, vice-presidente da corretora MF Global.

Fatores externos aos EUA também têm pressionado o petróleo. A Arábia Saudita, maior exportadora mundial da commodity, elevou a produção para o maior nível desde a década de 1980, em parte para compensar a interrupção na produção da Líbia. As informações são da Dow Jones.






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