Secretarias elaboram o Plano Estadual de Florestas de Sergipe
O programa, que foi elaborado com a assessoria técnica da Fundação Araripe. Dando continuidade às ações de fortalecimento institucional da gestão florestal do Estado de Sergipe, durante a tarde desta terça-feira, 2, técnicos de diversas secretarias participaram da reunião sobre a análise da primeira versão do Programa Estadual de Florestas (PEF Sergipe). O evento aconteceu no auditório da Codise. O programa, que foi elaborado com a assessoria técnica da Fundação Araripe - enquanto instituição parceira do governo, tendo o apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA) - tem como objetivo sistematizar tecnicamente a problemática florestal do Estado de Sergipe, em temas e eixos programáticos que permitam às autoridades políticas uma interação com a sociedade, realizando, assim, decisões relacionadas ao planejamento e à gestão das florestas presentes, degradadas e ausentes em todo território de Sergipe. A reunião foi coordenada pela superintendente de Áreas Protegidas Biodiversidade e Florestas do governo, Valdineide Santana. Na oportunidade, ela destacou que a reunião coroa mais uma etapa de aprimoramento da proposta do PEF-SE com a recepção de contribuições das instituições que atuam nas áreas de meio ambiente, desenvolvimento, planejamento, pesquisa e extensão rural. Em seguida, o professor José Arimáteia Silva, do Instituto de Florestas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), afirmou que uma das metas do PEF-SE é dobrar a cobertura vegetal do Estado de Sergipe em 20 anos, de modo a atender as demandas de uso, conservação e de desenvolvimento florestal, elevando assim de 13% para 26%. “A importância do PEF para o Estado é que Sergipe passará a ter uma política florestal onde terá as linhas temáticas, abrindo, assim, uma boa perspectiva para o Estado, interagindo com outros programas da área federal, a exemplo do Programa ao Combate a Desertificação e Mitigação da Seca e o Programa Nacional de Florestas. Além de promover essa interação, o Estado poderá obter recursos de várias fontes da área federal e inclusive internacional para a implantação da política florestal que está consolidada no programa”, destacou José Arimáteia. O professor explicou também sobre a estruturação do programa que foi fruto de trabalhos realizados durante as oficinas de elaboração do Diagnostico Florestal de Sergipe, desenvolvidas pela Semarh com o termo de parceria com a fundação Araripe, onde foram levantadas temas e problemas sobre a área florestal de Sergipe. Ele ressaltou o arranjo estrutural do PEF-SE consolidada na proposta em quatro eixos temáticos formado por Político Instrumental, Funcional, Técnico Cientifico e Instrumental, sendo acomodados pelos temas: Política Florestal, Fortalecimento Institucional, Recuperação de Áreas Degradas (RAD), Unidade de Conservação e Outras Áreas legalmente protegidas, Fomento Florestal, Manejo Florestal, Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (P&DT), Assistência Técnica e Extensão Florestal (ATEF), Instrumentos Legais e Econômicos. Para o assessor técnico na área de Planejamento Agrícola da Seagri, José Holanda Neto, a reunião foi de suma importância. “O PEF sistematiza objetivos, metas e estratégias a curto, médio e longo prazo para que o Estado, a iniciativa privada e a sociedade civil organizada recuperem a cobertura vegetal do Estado que hoje está bastante degradada. Por outro lado, o PEF irá elaborar uma política estadual de floresta para o estado que será um grande instrumento para os programas e projetos com esse objetivo”, frisou. O Estado de Sergipe em termos de gestão ambiental está realizando um grande trabalho. Já elaborou vários programas, após levantamento de problemas na área ambiental”, destacou o diretor do Departamento de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Barreto Campello. Participaram da reunião membros da Sociedade Semear, Seplag, Seagri, Emdagro, Ibama, Adema, Sergipetec, Incra, DPF, MMA, Semarh e a Fundação Araripe.
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