Presidente da Assembleia diz que Fifa e Governo Federal querem impor BRT a Cuiabá
José Riva volta a defender VLT como opção para 2014
O presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PP), voltou a defender o VLT (Veículo Leve Sobre Trilho) como melhor alternativa de transporte para Cuiabá, com vistas à participação na Copa do Mundo de 2014.
O parlamentar ainda rebateu a afirmação de que o VLT tem custo de R$ 1,1 bilhão, baseado em um orçamento feito pelo engenheiro Massimo Giovino-Bianchi, diretor da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e diretor-executivo da empresa TTrans.
“O VLT em Cuiabá vai ter custo de R$ 696 milhões, mas insistem em divulgar números errados a população, para confundi-la. Se esquecem que a implantação do BRT vai gerar desapropriações de 1,3 mil imóveis. Não há dúvida de que o VLT é a melhor opção”, disse Riva, em entrevista ao MidiaNews.
Riva ainda criticou a postura da Fifa e do Ministério das Cidades, que tentariam impor o sistema do BRT às cidades sedes, e defendeu o diálogo com segmentos sociais como alternativa para chegar a uma solução.
“Quem define o modal de transportes é a sociedade cuiabana. Por isso, defendo que a Assembleia Legislativa faça uma audiência pública, com a participação de especialistas em BRT e VLT, acompanhada por representantes das prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande, Governo do Estado e Agecopa”, disse.
Em junho, o presidente da Agecopa (Agência de Execução de Projetos para a Copa do Mundo), Eder Moraes, anunciou a escolha do VLT como modal de transporte para a Copa do Mundo de 2014. Porém, a iniciativa esbarra no planejamento feito pelo Governo Federal.
Isso porque já estão assegurados R$ 455 milhões na Caixa Econômica Federal (CEF) para investimento no BRT (Bus Rapid Transit). A mudança para o VLT provoca aumento nos gastos, o que não é aceito pelo Governo Federal.
Diante disso, o Governo do Estado avalia a possibilidade de explorar sua capacidade de endividamento de R$ 2,5 bilhões para investir no VLT.
Lobby
José Riva também negou que a defesa que faz do VLT seja uma iniciativa isolada, em favor de empresários do setor interessados em investir na Capital.
“Se existe algum lobby, é da Fifa e do Ministério das Cidades, que trabalham pela imposição do BRT. Não conheço nenhum empresário do setor, estou trabalhando pelo que considero melhor para Cuiabá e Mato Grosso”, completou o deputado.
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