Para empresários, pacote de incentivos ainda são tímidos
Industriais afirmam que o pacote anunciado na terça-feira (2) pelo governo é positivo, mas ainda é pouco. O presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga, afirmou que o apoio à inovação "é fundamental para o futuro", mas disse que, hoje, o que mais preocupa é o real valorizado, juros e carga tributária alta.
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), Paulo Skaf, contou que esperava o anúncio da ampliação do teto para adesão ao Simples, o que não ocorreu.
"Se esse for o final da história, é muito pouco", disse.
A desoneração da folha de pagamentos, em troca de uma contribuição sobre o faturamento, também não agradou a todos.
Os fabricantes de tecidos, por exemplo, abriram mão do benefício na noite da segunda-feira (1º). Segundo empresários, a alteração não seria vantajosa. Apenas o setor de confecção ficou no pacote.
Luciana Sá, diretora da Federação das Indústrias do Rio, afirmou que esperava uma redução da burocracia ao exportador e criticou as ações para qualificação.
"Não atende o pessoal do chão de fábrica", disse.
Para o presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), Luiz Aubert Neto, o foco deve seguir nos esforços para conter a alta do real e baixar os juros.
"Enquanto não mexer em câmbio e juros, essas medidas não ajudam muito", afirmou Aubert Neto.
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