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Quarta - 03 de Agosto de 2011 às 08:34
Por: HUMBERTO FREDERICO

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Josi Pettengill/Secom
O prefeito em exercício Tião da Zaeli participou da inauguração do Hospital Metropolitano, ao lado do governador Silval
O prefeito em exercício Tião da Zaeli participou da inauguração do Hospital Metropolitano, ao lado do governador Silval
O prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli (sem partido) defendeu uma intervenção do governo do Estado na Cidade Industrial, devido à insegurança jurídica que o município vive. No início da semana, a Justiça determinou o afastamento da prefeitura de Murilo Domingos (PR) e o comando da cidade mudou pela quarta vez somente neste ano. Hoje, o prefeito interino se reúne com o Tribunal de Contas para compartilhar a situação “financeira complicada”.

“Essa instabilidade política é muito ruim para a cidade. A qualquer momento pode sair uma liminar favorável ao retorno do Murilo e é por isso que eu defendo uma intervenção do governo do Estado aqui no município. A população não pode sofrer como vem sofrendo e alguma medida deve ser tomada, essa situação não dá para continuar”, declarou.

Como exemplo, Zaeli cita o mês de maio, quando, após ter sido afastado junto com Murilo Domingos do Paço Couto Magalhães pela Câmara Municipal, ele conseguiu na Justiça assumir o comando da cidade. Um dia após ele anunciar o novo secretariado, Murilo conseguiu, por meio da Justiça, o direito de retornar para a prefeitura. Segundo eles, essas mudanças drásticas no staff atrapalham o andamento das obras na cidade.

Sobre essa instabilidade política, uma das primeiras ações do novo prefeito será procurar os vereadores da Câmara Municipal para buscar apoio dos parlamentares.

“Quero ter o apoio do Legislativo, pois estou preocupado com o município e acredito que os vereadores também estão, portanto é hora de nos unirmos e trabalharmos, o que acho perfeitamente possível”, disse.

Como bandeira de administração, Zaeli disse que deverá demitir servidores da prefeitura. Segundo ele, o déficit do Executivo passa dos R$ 500 mil por mês com pagamento de funcionários. Ele anunciou que pretende organizar um concurso público até o final deste ano.

“Do jeito que está, não tem como administrar. Temos que fazer uma folha de pagamento dentro da nossa realidade. A prefeitura hoje não consegue sobreviver com tudo isso de funcionários”, concluiu.

A Justiça estadual determinou o afastamento da prefeitura e a cassação dos direitos políticos de Murilo Domingos, pelo período de cinco anos, por atos de improbidade administrativa.

Zaeli hoje está sem partido, pois se desfiliou do PR após desavenças com o próprio Murilo. O atual prefeito deverá se filiar ao PSD, e articula uma possível candidatura à reeleição.





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