"Nossas tropas estão ajudando a polícia local a investigar o ataque a bomba", disse o general Arthur Tabaquero a jornalistas. Segundo ele, as duas pessoas morreram no hospital enquanto os feridos foram atendidos com estilhaços no corpo.
O incidente, aparentemente envolvendo uma bomba caseira, ocorreu em Cotabato City, na ilha de Mindanao, cerca de 900 quilômetros ao sul de Manila, a capital.
Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque, mas fontes de segurança suspeitam de envolvimento de uma facção dissidente da Frente Moro de Libertação Islâmica (FMLI), que controla partes de Mindanao e de outras ilhas vizinhas.
A bomba estava numa moto estacionada em frente a uma loja de armas de Cotabato City, segundo autoridades.
O coronel Prudêncio Asto, porta-voz dos militares, disse que fragmentos de quatro morteiros de 81 milímetros e de um telefone celular usado como detonador foram encontrados no local da explosão.
O atentado ocorreu no segundo dia do mês islâmico sagrado do ramadã, e a duas semanas do início de uma negociação de paz na Malásia entre o governo filipino e a FMLI, maior grupo separatista do país.
O governo pretende apresentar aos rebeldes uma fórmula política para encerrar o conflito separatista de 40 anos, que já matou 120 mil pessoas e deixou 2 milhões de refugiados internos.
As autoridades têm demonstrado preocupação com a existência de uma dissidência da FMLI, e diz que o sucesso das negociações de paz depende da resolução dos problemas internos dos rebeldes.
O coronel Asto disse que a bomba usada em Cotabato é semelhante à de atentados anteriores atribuídos a uma facção rebelde contrária às negociações, cujos membros teriam sido treinados pela Jemaah Islamiah, organização radical islâmica que atua no Sudeste Asiático.
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