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Nacional
Segunda - 01 de Agosto de 2011 às 15:01

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O prefeito de Buenos Aires, o conservador Mauricio Macri, se consolidou como referência da oposição após ser reeleito no pleito deste domingo, ao ponto que candidatos contrários ao governo de Cristina Fernández Kirchner buscam tê-lo como aliado visando às presidenciais de outubro.

"Esperamos o mais rápido possível nos reunirmos com todos os candidatos presidenciais e ver que projetos têm para a cidade de Buenos Aires. Calculo que será depois de 14 de agosto, quando serão realizadas as eleições primárias", indicou Macri nesta segunda-feira durante uma entrevista coletiva.

Vários candidatos presidenciais da oposição se mostraram satisfeitos com o triunfo do prefeito no segundo turno frente o senador Daniel Filmus, do peronista Frente Para La Victoria, liderado pela presidente argentina, Cristina Fernández Kirchner, que lançará a candidatura para reeleição no pleito do dia 23 de outubro.

Os postulantes opositores a Cristina se entusiasmam inclusive com a possibilidade de carimbar uma aliança com Macri, líder do conservador Proposta Republicana (PRO), que não apresenta candidato a presidente.

O prefeito, ferrenho opositor de Cristina, renovou seu mandato por outros quatro anos ao vencer por 64,25 % dos votos contra 35,75 % somado por Filmus, o que foi interpretado pela oposição como um enfraquecimento do governo nacional frente às eleições gerais.

"A eleição indica que 65% das pessoas estão insatisfeitas com o Governo. Cristina deve estar muito preocupada", opinou o ex-presidente Eduardo Duhalde (2002-2003), candidato a líder da Frente Popular, integrado por peronistas dissidentes.

Duhalde manifestou sua intenção de aliar-se com Macri, a quem manifestou seu apoio para o segundo turno, da mesma forma que o postulante da União Cívica Radical (UCR), Ricardo Alfonsín, filho do ex-presidente Raúl Alfonsín (1983-1989).

"Estou contente com a eleição. Fica cada vez mais claro que é muito difícil que Cristina Fernández Kirchner ganhe no primeiro e no segundo turno", arremeteu a candidata a presidente Elisa Carrió, da centrista Coalizão Cívica.

Macri disse que se propõe a apoiar um "acordo eleitoral" para lançar o país adiante, enquanto a oposição se mostra desafiante após a derrota há uma semana do Governo nas eleições a governador da província de Santa Fé, quarto distrito eleitoral, seguido pelo triunfo de Macri em Buenos Aires, situado em terceiro lugar em quantidade de eleitores.

Além disso, no próximo domingo será realizada uma eleição na província de Córdoba, segundo distrito eleitoral, onde o governista Frente Para La Victoria não apresenta candidato.

De qualquer forma, os candidatos do governo de Cristina ou seus aliados ganharam em seis das nove eleições de distrito realizadas este ano. Além disso, a presidente mantém uma ampla vantagem nas pesquisas de intenções de voto para as eleições presidenciais, ao tempo que vários analistas concordam que parte do eleitorado que votou por Macri também votará pelo governante.

O ministro argentino do Interior, Florencio Randazzo, admitiu nesta segunda-feira que é necessário "fazer um trabalho territorial mais forte" em Buenos Aires já que a interlocução com a cidadania "se dá através da imprensa", que está em "franca briga com o Governo nacional".

"Esta é uma eleição local, com ascendência nacional", afirmou por sua vez o prefeito portenho, que confirmou também que lançará sua candidatura presidencial para 2015.

"É óbvio que o processo natural seria construir uma proposta nacional para 2015", assinalou Macri, de 52 anos.

O prefeito, que também tinha vencido no primeiro turno (47%), resolveu se reeleger após ter desistido em maio de ser candidato à Presidência.





Fonte: EFE

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