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Internacional
Segunda - 01 de Agosto de 2011 às 13:53

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A China responsabilizou nesta segunda-feira militantes islâmicos por um ataque que deixou 11 mortos na província de Xinjiang. O governo local anunciou uma repressão a atividades religiosas "ilegais" no início do mês do Ramadã, período de jejum dos muçulmanos.

O atentado na cidade de Kashgar, na tarde de domingo, é a mais recente ação violenta a abalar a região, onde a população uigur se ressente há muito tempo da presença de chineses da etnia han e dos controles políticos e religiosos impostos pelo governo central, em Pequim.

A declaração foi feita menos de 24 horas depois de duas pequenas explosões na cidade, controlada por uigures. "A intenção maligna por trás deste terror violento era sabotar a unidade interétnica e prejudicar a estabilidade social, semeando o ódio étnico e criando conflito étnico", afirmou o governo de Kashgar em sua página na Internet.

Segundo as autoridades de Kashgar, suspeitos capturados confessaram que os líderes de sua organização haviam ido antes para o Paquistão, onde se uniram ao separatista "Movimento Islâmico do Turquestão Leste" e receberam treinamento para fabricar arma e explosivos, antes de se infiltrar na China.

"Todos os membros desse grupo aderiram a ideias extremistas religiosas e apóiam com determinação a Jihad", diz o comunicado, referindo-se ao termo árabe para designar luta, usado por defensores da militância islâmica para descrever sua causa.

A polícia matou a tiros cinco pessoas e prendeu quatro outras depois que invadiram um restaurante e puseram fogo no local, após matarem o proprietário e um garçom, fugindo depois para a rua, onde mataram outras quatro pessoas, segundo a agência estatal de notícias Xinhua.

O jornal chinês "Global Times" informou que todos os suspeitos de desfechar o ataque são uigures.

A violência representa um teste complicado para o governista Partido Comunista no controle de Xinjiang, onde moradores uigures e han desconfiam uns dos outros.

A principal autoridade do PC na província, Zhang Chunxian, anunciou uma ação repressiva contra o extremismo religioso e prometeu dura punição para os culpados dos ataques, segundo o website oficial de notícias da região.

A cidade de Kashgar fica no sul de Xinjiang e tem cerca de 600 mil habitantes, dos quais cerca de 80% são uigures, de acordo com o governo. A cidade é dividida em áreas uigures e han, e muitos dependem do turismo como fonte de renda.

A China considera Xinjiang estrategicamente vital. O governo central chinês não deu nenhum sinal de afrouxar o controle sobre o território, que responde por um sexto do território e tem depósitos de petróleo e gás.






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