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Internacional
Segunda - 01 de Agosto de 2011 às 10:27

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O Senado dos Estados Unidos deve votar nesta segunda-feira um novo projeto de cortes nos gastos governamentais e a elevação do teto da dívida pública americana, atualmente em US$ 14,3 trilhões, em um esforço para evitar um calote que pode abalar a economia mundial.

Com o acordo entre republicanos e democratas, anunciado pelo presidente Barack Obama, o plano deve passar entre segunda-feira e terça-feira na Câmara dos Deputados, para então poder ser implementado.

A aprovação virá um dia antes do prazo final dado pelo governo Obama, que alertou que a partir de amanhã não poderá mais arcar com todos os seus compromissos sem a elevação do teto da dívida. Em risco, estão os pagamentos aos investidores, benefícios sociais e empresas que prestam serviço ao governo.

Se aprovado, o pacote preservará a classificação de risco dos EUA, dará garantias aos investidores do mercado financeiro mundial e pode, possivelmente, reverter as perdas dos últimos dias nas bolsas diante do risco de calote.

Na noite de domingo, Obama foi a público anunciar o que parece ser o capítulo final de uma disputa sem precedentes na economia americana, acostumada a elevar o teto da dívida quase anualmente. Desta vez, um tema aparentemente de prioridade econômica foi contaminado pelo clima de disputa eleitoral na Casa Branca, em 2012.

Segundo Obama, o acordo permitirá "evitar o default e encerrar a crise que Washington impôs ao resto dos Estados Unidos".

PARTIDÁRIO

Os líderes das duas Casas passaram a noite explicando aos seus colegas os detalhes do plano, a elevar o teto da dívida em um valor mínimo de US$ 2,1 trilhões.

A elevação vem acompanhada de um corte imediato do deficit no valor de US$ 1 trilhão.

Um novo comitê bipartidário no Congresso se encarregará de apresentar, antes do Dia de Ação de Graças, no final de novembro, um plano complementar que reduza o deficit em US$ 1,5 trilhão adicionais durante os próximos dez anos.

Isto garante que o limite não deverá aumentar de novo até 2013, para evitar novas lutas bipartidárias no lance final da campanha pelas eleições de 2012 e não prejudicar a recuperação econômica.

O pacote deve passar sem dificuldade pelo Senado, de maioria democrata, mas ainda resta dúvidas se passará na Câmara dos Deputados, de maioria republicana e onde integrantes do movimento ultradireitista Tea Party já se disseram insatisfeitos com o acordo da noite de domingo.

Nas últimas semanas, a Câmara dos Deputados aprovou dois pacotes patrocinados pelo líder republicano John Boehner. O Senado vetou os dois, elevando as negociações à estaca zero.

Em um bom sinal, Boehner disse aos colegas republicanos que o acordo é bom e vai de encontro às demandas republicanas.






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