As bolsas de valores asiáticas fecharam em alta nesta segunda-feira, com investidores reduzindo as operações com ativos seguros depois que o Congresso dos Estados Unidos atingiu um acordo de último minuto para evitar um calote de dívida pública, embora a nota de crédito do país ainda possa ser rebaixada. Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 1,34%, recuperando-se em direção à máxima em quatro meses atingida no início de julho.
Após um fim de semana tenso, ocupado pela busca por um consenso que permitisse a elevação do teto da dívida dos EUA, o presidente Barack Obama disse que líderes de ambos os partidos fecharam um acordo para cortar o déficit orçamentário em US$ 1 trilhão ao longo de dez anos, com a possibilidade de uma economia adicional de US$ 1,4 trilhão.
Moedas de alto rendimento, como o dólar australiano, reagiram com valorização. Os Treasuries - que mantiveram seu teor de investimento seguro apesar de estarem no centro do impase do teto de dívida dos EUA - caíam.
Os investidores ainda tinham cautela, porém, já que o plano dos EUA - que deve ser votado no Congresso ainda nesta segunda-feira - pode não satisfazer a Standard & Poor"s para manter o rating "AAA" do país. Também há dúvida sobre se o governo conseguirá cumprir suas obrigações no longo prazo.
No índice Nikkei, os investidores voltaram a apostar em ações ligadas a tecnologia, e o iene mais fraco convidava compradores para os papéis das grandes exportadoras japonesas. O índice MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão avançou 1,67%, depois de cair nos últimos dois pregões. Os ganhos eram espalhados de maneira uniforme entre os setores, com o segmento de serviços básicos registrando o pior desempenho.
O índice de Seul subiu 1,83%. Em Hong Kong, o mercado avançou 0,99% e a bolsa de Taiwan teve valorização de 0,66%, enquanto o índice referencial de Xangai teve leve ganho de 0,08%. Cingapura encerrou em alta de 0,82% e Sydney subiu 1,65%.
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