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Entretenimento
Sábado - 30 de Julho de 2011 às 23:34
Por: Leandro Miranda

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Cesar Cielo vinha fazendo ótima temporada e ganhando embalo para a principal competição do ano, o Mundial de Xangai, quando a bomba estourou. Flagrado em um exame antidoping realizado durante o Troféu Maria Lenk, disputado em maio, o nadador correu risco de ser suspenso e ficar fora até da Olimpíada de Londres. A situação inédita na carreira do atleta, 24 anos, gerou dúvidas sobre seu desempenho nas piscinas chinesas, mesmo após a liberação para nadar o Mundial. Mas o brasileiro respondeu com mais medalhas de ouro.

Terminadas as provas individuais que faria na competição, o saldo de Cielo foi uma grande vitória nos 50 m borboleta, a perda do título dos 100 m livre com o quarto lugar e a manutenção do posto de nadador mais rápido do mundo, com o ouro nos 50 m livre. Olhando para trás, o velocista se sente com a missão cumprida e diz que o Mundial de Xangai, para ele, foi o momento da maior superação de sua vida.

"Estou no topo do mundo nos 50 livre por quatro anos e isso é algo de que me orgulho muito", afirmou. "Saí da prova fazendo uma retrospectiva na minha cabeça: foi um ano (2008) sendo campeão olímpico (50 m livre) e bronze nos 100 (m livre), um ano (2009) sendo campeão mundial nas duas, o ano seguinte (2010) sendo campeão do Pan-Pacífico e campeão mundial em duas provas, em Dubai, e neste ano (2011) mais duas provas".

Falando, parece fácil. Mas as conquistas de 2011 só vieram depois de um "inferno astral" que durou praticamente todo o mês de julho - desde o dia 1º, quando foi divulgado o exame positivo para furosemida, até o dia 23, quando a Corte Arbitral do Esporte (CAS) o liberou para nadar o Mundial.

Cielo admitiu que a tensão o desconcentrou e prejudicou sua preparação. Agora, com as dificuldades para trás e dois novos ouros no currículo, ele pensa em tirar uma lição do período mais espinhoso de sua vida e usá-la para fortalecer todo o grupo de nadadores do Brasil.

"Acho que a Seleção inteira não vai ser mais a mesma. Todo o grupo do Brasil hoje é um grupo diferente. Eles viveram o dia a dia comigo e viram que não foi fácil, mas estou muito contente de olhar para os caras agora, e eles verem que podem contar comigo. Mesmo não estando 100% na condição em que eu gostaria de estar, foi suficiente para ganhar essas duas medalhas", vibrou.

No final, a experiência do Mundial de Xangai, para Cielo, foi mais que uma superação como atleta: "mudei a percepção dos valores", contou. "Hoje dou valor a coisas diferentes de antes. Foi como se eu tivesse tido um ataque cardíaco. Acordei agora e falei: "tenho que aproveitar o que é importante para mim na vida, porque a gente nunca sabe o que vai acontecer no dia seguinte"".





Fonte: Terra

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